Um motociclista de 25 anos morreu na noite dessa quinta-feira (16) após ter o pescoço cortado por uma linha de cerol na MG-020, nas imediações do bairro Tupi, na região Norte de Belo Horizonte.
O rapaz pilotava a motocicleta quando sentiu uma linha presa a seu pescoço, cortando-o, como detalha Daniel Victor da Silva, que estava na garupa no momento do acidente.
À Itatiaia, ele conta que o motociclista pediu ao amigo para cortar a linha e tentar estancar o sangramento enquanto buscavam um local para estacionar.
“Paramos bem no meio da MG-020. Uma pessoa nos levou até a UPA Norte. Esperamos de seis a sete minutos, mas ninguém nos atendeu”, conta.
Daniel revela que buscou uma cadeira de rodas e tentou levar o amigo para receber atendimento de emergência, mas foi impedido por funcionários, que alegaram que era necessário fazer a ficha de cadastro do paciente.
Atendido logo em seguida, o motociclista não resistiu e poucos minutos após a entrada foi confirmada a morte dele.
Revolta
A situação gerou revolta entre familiares e amigos, que acusam a UPA Norte de negligência médica por falta de atendimento de emergência.
O grupo se concentrou no bairro Tupi, na região Norte de Belo Horizonte, para protestar contra a falta de suporte à vítima.
Secretaria de Saúde
A reportagem da Itatiaia entrou em contato com a Secretaria de Saúde para entender as circunstâncias do ocorrido.
“A Prefeitura de Belo Horizonte informa que o SAMU não foi acionado para atender a ocorrência. A vítima foi levada por terceiros à UPA Norte e já chegou em parada cardiorrespiratória, em estado gravíssimo, às 16h30. O homem foi prontamente atendido e levado para a sala vermelha onde manobras para reanimação foram realizadas. O óbito foi constatado às 16h53.”