Os organizadores do Bloco Arriba divulgaram nesta quinta-feira (23) um documento explicando o motivo do cancelamento do cortejo, marcado para a última terça-feira (21) de Carnaval.
De acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), o Arriba estava agendado para desfilar às 9h na rua Sapucaí daquele dia, mas não compareceu ao local. O órgão alegou que os responsáveis pretendiam, sem planejamento prévio, realizar o cortejo às 18h.
Em carta aberta do bloco, eles afirmam que o cancelamento foi feito por uma decisão judicial, informada pelo WhatsApp por volta das 16h33, no dia da apresentação.
De acordo com os responsáveis, o horário realmente foi alterado e a PBH foi informada diversas vezes por e-mail, que respondeu com a frase "...podemos tentar verificar essa mudança, precisamos entender qual seria o motivo”.
A razão da troca de horários não foi explicada pelos organizadores no documento.
Os organizadores levantaram questionamentos sobre a decisão, considerando-a “midiática e demasiadamente exagerada”.
Posição da PBH
Entre as irregularidades citadas pela PBH, estão a solicitação de troca de horários sem um motivo claro, o que culminou na proibição de venda de camisetas e abadás do bloco e impedir a exibição de publicidades no bloco.
O patrocinador, inclusive, foi citado na liminar de proibição de participação do Carnaval 2023 de Belo Horizonte.
Fim das atividades
O Bloco Arriba afirmou que as solicitações feitas não eram irregulares, visto que outros blocos da capital mineira fizeram os mesmos pedidos e, em alguns casos, foram atendidos.
Eles lamentarem que a liminar judicial não tenha sido revertida a tempo de realizar o cortejo e dizem ‘ter entendido o recado’.
“Vamos continuar lutando pela cultura e pelos blocos independentes porém o Projeto Arriba encerra suas atividades e projeto sociais em Belo Horizonte, o recado do município foi claro em relação a cultura de rua, morros e favelas que promovemos e ficou evidente que não somo bem vindos na ‘diversidade’ do carnaval de BH.”, afirmam.