As ações de combate à dengue e outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, como zika, chikungunya e febre amarela, ganharam um reforço em Belo Horizonte após parceria firmada entre a Prefeitura de BH, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-Minas) e o World Mosquito Program, nesta quinta-feira (12). O projeto, anunciado pelo prefeito da capital Fuad Noman, trata da construção da Biofábrica dos Mosquitos com a bactéria Wolbachia.
O método Wolbachia atua na redução da incidência de casos de arboviroses e doenças como a dengue, zika e chikungunya. O método é uma iniciativa do World Mosquito Program (WMP), conduzida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Wolbachia é um microorganismo intracelular presente em 60% dos insetos da natureza, mas que não estava presente no Aedes aegypti, e foi introduzido por pesquisadores do WMP, que atuam para proteger a população das doenças transmitidas por mosquitos.
Quando presente no Aedes Aegypti, a Wolbachia impede que os vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela se desenvolvam dentro do inseto, contribuindo para a redução destas doenças. Não existe modificação genética neste processo. O Método é sem fins lucrativos.
Coletiva
Na manhã desta quinta-feira (12) o prefeito Fuad Noman, a secretária municipal de saúde, Cláudia Navarro, o subsecretário de promoção e vigilância à saúde, Fabiano Pimenta, e o pesquisador do Instituto René Rachou da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-Minas), Luciano Moreira, explicaram sobre o trabalho feito no Insetário da PBH, parte integrante do Projeto Wolbachia, além de ações de combate ao Aedes Aegypti realizadas durante todo o ano em todas as regionais da capital.
Insetário
Para ampliação do projeto, que também tem o apoio do Ministério da Saúde, o executivo destinou novo local para a construção da Biofábrica dos Mosquitos com a bactéria Wolbachia, que será no antigo Centro de Saúde São Francisco (regional Pampulha), localizado na rua Aveiro, 191, bairro São Francisco.
Para a construção da estrutura foram investidos recursos próprios nos valores de R$469.384,80, da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (SUDECAP), e R$212.500.00 da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA).
Com informações do repórter Clever Ribeiro
