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Defesa de André de Pinho solicita soltura do promotor e preventiva será analisada

O promotor André de Pinho é acusado de ter assassinado a esposa, Lorenza de Pinho

O julgamento do caso está suspenso desde o dia 10/08 e deve voltar ainda esta semana

A Justiça irá analisar, nesta quarta-feira (14), às 13:30, a prisão do promotor André Luís Garcia de Pinho. Ele é acusado de ter assassinado a esposa, Lorenza de Pinho, em abril de 2021.

Por lei, a defesa do réu tem direito de pedir uma análise da prisão preventiva a cada 90 dias. Desde março do ano passado, André de Pinho está preso no Batalhão do Corpo de Bombeiros, na Região da Pampulha, em BH. Ele tem o direito de não ficar em um presídio comum por possuir foro privilegiado. Além disso, o promotor é julgado por um colegiado de desembargadores que compõem um órgão especial do TJMG.

O pai de Lorenza, Marco Aurélio Silva, estará no julgamento para acompanhar a decisão. Esta é a sexta vez que a defesa de André de Pinho pede a liberdade do promotor, e Marco Aurélio esteve presente em todas as audiências. “As seis últimas vezes que ele [André] entrou no Tribunal de Justiça, foi negado, por unanimidade, o pedido de soltura”, comemorou o pai da vítima, “a expectativa é que esse feminicida permaneça no lugar que os feminicidas devem ficar, na cadeia”.

Oitivas suspensas

As audiências do Caso Lorenza estão suspensas desde o dia 10/08, para que a perícia apresente novas informações solicitadas por uma das partes. Segundo Marco Aurélio, a expectativa é que os depoimentos voltem a acontecer a partir da segunda quinzena de setembro.

Até o momento, 13 pessoas já foram ouvidas, entre elas o pai e a irmã de Lorenza, os filhos dela com o promotor André de Pinho, e os profissionais da saúde que a atenderam no dia da morte.

Filhos de Lorenza

Os cinco filhos de Lorenza com André de Pinho não estão ficando com a família. Em depoimento às oitivas, os dois filhos mais velhos disseram não acreditar que o pai é responsável pela morte da mãe. Por serem emancipados, eles moram sozinhos em um apartamento em Belo Horizonte. Já os três mais novos estão morando, atualmente, com um casal de amigos dos pais.

“Existe um fator importante que é que os dois mais velhos acreditam que o pai está preso por interferência do avô. Eles não querem entender que o pai está preso porque assassinou a mãe”, desabafou Marco Aurélio. Ainda assim, ele tem esperanças de que voltará a ter boas relações com os netos após o fim do julgamento.