Com quase 9.500 incêndios registrados em vegetações em todo o Estado entre janeiro e julho deste ano, o número de ocorrências desse tipo aumentou em Minas com relação ao mesmo período do ano passado. E os meses mais críticos para incêndios ainda nem foram contabilizados.
O dado parcial para o mês de agosto já aponta 1.865 registros. De acordo com o capitão Warley de Paula Vieira Barbosa, do Batalhão de Emergências Ambientais e Respostas a Desastres, os números aumentam a cada ano.
“Tivemos um aumento tanto no meio rural quanto no meio urbano. No meio urbano, geralmente, se trata de lote vago. Por isso, a gente conta com apoio da sociedade para manter o lote limpa. Na área rural, também. Mas há uma tendência - e não só na área mineira - no aumento dos incêndios devido as questões climáticas”, disse.
Ainda de acordo com o capitão, o número de ocorrências sobe a partir do meio do ano e o pior período ainda está por vir. “Os incêndios começam em junho, aumentam em julho e agosto e, por fim, temos o mês mais crítico em Minas: setembro”, completou.
A Defesa Civil de Belo Horizonte vem alertando, nas últimas semanas, sobre o tempo extremamente seco. Na última terça-feira (16), a corporação emitiu um novo alerta de baixa umidade do ar. Os índices ficarão abaixo de 30% até o fim da tarde de sexta-feira (19).
A baixa umidade e falta de chuvas colabora para a incidência de incêndios, especialmente em vegetações secas.
Nessa quarta-feira (17), a Serra do Curral, em Belo Horizonte, e a Serra da Gandalera, em Raposos, registraram incêndio em sua vegetação.
As chamas já foram controladas pelo Corpo de Bombeiros.. Um incêndio na Mina do Mutuca também ameaçou a vegetação da Serra do Rola Moça, em Nova Lima, na tarde de quarta-feira.
(com informações de Alessandra Mendes e Mariana Cavalcanti)
