Um aluno, de 18 anos, de uma escola estadual, foi preso por tirar uma foto íntima de uma colega de classe e compartilhar em um grupo de WhatsApp, em Montes Claros, no Norte de Minas. O caso ocorreu na noite da última quinta-feira (30).
A Polícia Militar (PM) foi chamada e compareceu na Escola Estadual Benjamin Versiane dos Anjos. Lá, a polícia se deparou com a vítima, de 21, chorando. Ela disse que o colega havia fotografado as coxas e a região genital por debaixo da carteira.
Ainda segundo o relato de testemunhas ao policial, o menino teria o “hábito de brincar e fotografar colegas e fazer chacotas e comentários maldosos.” Por isso, suspeitaram que ele era o agressor
A vítima reagiu e o questionou, novamente, com o tom de voz alterado. O rapaz se levantou e ameaçou agredi-la com um prato, simulando arremessá-lo sobre a cabeça.
Em um primeiro momento, o menino teria negado a autoria. Mas, sem seguida, ele admitiu a culpa à polícia.
O autor e a vítima foram levados para a delegacia. O celular do jovem foi apreendido.
Segundo o Artigo nº 218 do Código Penal, é crime “oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vender ou expor à venda, distribuir, publicar ou divulgar, por qualquer meio fotografia, vídeo ou outro registro audiovisual que contenha cena de estupro ou de estupro de vulnerável ou que faça apologia ou induza a sua prática, ou, sem o consentimento da vítima, cena de sexo, nudez ou pornografia”.
A pena corresponde a reclusão de 1 a 5 anos.
A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) informou, por meio de nota, que ao tomar conhecimento do caso, a supervisão da escola chamou os envolvidos para uma conversa e orientação.
“A estudante que teve sua foto divulgada em um grupo de Whatsapp acionou a Polícia Militar e registrou um Boletim de Ocorrência, que foi feito dentro da unidade escolar. Ressaltamos que o aluno acusado de importunação sexual é maior de idade e foi conduzido, no mesmo dia, à delegacia para esclarecimentos”, disse.
A Polícia Civil investiga o caso. Uma equipe de inspeção escolar da Superintendência Regional de Ensino (SRE) de Montes Claros foi até a unidade escolar, colheu os depoimentos dos envolvidos e formalizou um relatório, que será analisado pela SEE/MG.
“Ambos os estudantes seguem frequentando as aulas”, finalizou a nota.