A médica Lívia Maria Ponzoni de Abreu, de 41 anos, foi presa no último domingo (22) após jogar spray de pimenta em uma criança de 2 anos. O caso aconteceu durante uma missa na Catedral Nossa Senhora do Desterro, em Jundiaí (SP).
Contudo, nessa segunda-feira (23), em audiência de custódia, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) concedeu liberdade provisória à suspeita, mas determinou o cumprimento das seguintes medidas cautelares:
- Comparecer a todos os atos do processo quando for intimada;
- Proibiu alteração do endereço, sem prévia comunicação à Justiça;
- Proibiu de se ausentar da comarca por mais de dez dias sem autorização judicial;
- Teve que pagar fiança de 20 saláriosmínimos (R$ 30.360);
- Proibiu manter qualquer tipo de contato e de se aproximar das vítimas, respeitando a distância mínima de 200 metros;
- Proibiu de frequentar igrejas e recintos destinados a cultos religiosos situados em até 50 quilômetros do local em que teriam ocorrido os fatos (Igreja Matriz de Jundiaí).
A confusão
De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, além da garota, o aerossol ainda atingiu os pais dela e outras pessoas, incluindo uma mulher grávida. Revoltadas, elas quebraram parcialmente o carro da suspeita.
No vídeo, é possível ver algumas delas batendo na janela do veículo e puxando o cabelo da agressora. Em seguida, eles dizem que não deixarão ela ir embora e bloqueiam a passagem do carro.
É possível ver ainda um dos homens atingidos pelo spray deitado na calçada, recebendo ajuda.
De acordo com o registro policial, a suspeita alegou ter agido em legítima defesa após se desentender com a mãe da criança.
Em nota, a catedral informou que repudia o ocorrido.
“Tal ato, além de provocar tumulto e interromper a celebração eucarística, constitui grave violência contra o espírito de comunhão, respeito e fraternidade que deve sempre reinar nos espaços sagrados”.
A Itatiaia não conseguiu contato com a defesa da suspeita.