Tornado no Paraná: América do Sul só perde para os Estados Unidos, diz pesquisa

América do Sul, que contempla 12 países, incluindo o Brasil, é o segundo local mais propenso a ter tornado, perdendo para os EUA

Imagens mostram rastro de destruição deixado por tornado no Paraná

A América do Sul é o segundo local do mundo com maior número de tornados, ficando atrás apenas dos Estados Unidos (EUA). A informação é da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

A Região possui 12 países, sendo eles, Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.

No Brasil, os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul são os mais atingidos por tornados porque recebem, antes das demais Regiões, massas de ar frio vindas do Sul-Sudoeste.

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Além disso, a área também é afetada pela influência das massas de ar quente da Região amazônica. O encontro destas massas de ar é um fator que pode levar ao surgimento de supercélulas, que são sistemas de tempestade caracterizados por uma corrente ascendente em rotação (mesociclone), as quais detêm grande capacidade de desencadear tornados.

Região Sul lidera

Entre 1975 e 2018, período que engloba a pesquisa da UEPG, a Região Sul foi atingida por 411 tornados – sendo a mais propensa do país a receber o fenômeno.

Ou seja, a Região Sul tem, em média, nove tornados por ano. No período pesquisado, o país registrou 581 fenômenos. Apenas o Paraná, teve 89 tornados durante as quatro décadas.

Vale lembrar que o fenômeno registrado na cidade de Rio Bonito do Iguaçu, que não foi considerado na pesquisa, entrou para a história como um dos mais letais em três décadas.

Depois do Sul, as Regiões mais propensas são: Sudeste (180 tornados); Centro-Oeste (31); Norte (17); e Nordeste (14).

A pesquisa mostrou, também, que a categoria que mais atingiu o país foi a de escala EF1, que é caracterizada por ventos de 117 e 180 km/h – o registrado em Rio Bonito do Iguaçu superou 250 km/h.

Patrícia Marques é jornalista e especialista em publicidade e marketing. Já atuou com cobertura de reality shows no ‘NaTelinha’ e na agência de notícias da Associação Mineira de Rádio e Televisão (Amirt). Atualmente, cobre a editoria de entretenimento na Itatiaia.

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