PC mira rede prestadora de serviços de lavagem de dinheiro do crime organizado em SP

São cumpridos 54 mandados judiciais, sendo seis de prisão e 48 de busca e apreensão na capital paulista e na Grande São Paulo

A Polícia Civil de São Paulo, por meio do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), realizou, nesta quinta-feira (4), a Operação Falso Mercúrio. O objetivo é desmantelar uma quadrilha que prestava serviços de lavagem de dinheiro a uma facção criminosa.

São cumpridos 54 mandados judiciais, sendo seis de prisão e 48 de busca e apreensão na capital paulista e na Grande São Paulo. A Justiça determinou o sequestro de 49 imóveis, de três embarcações e 257 veículos em nome dos investigados. Pelo menos 20 pessoas físicas e outras 37 jurídicas tiveram as contas bloqueadas.

Segundo as investigações da 3ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG), os criminosos montaram uma estrutura sofisticada de lavagem de dinheiro proveniente de crimes como tráfico de drogas, estelionato e jogos de azar. Há indícios que essa rede tenha ligação direta com uma facção criminosa amplamente conhecida no estado.

Leia também:

Essa rede operava com três núcleos principais: coletores, responsáveis por arrecadar os valores ilícitos; intermediários, encarregados de movimentar e ocultar os recursos; e beneficiários finais, que recebiam o dinheiro já legitimado. Cada um com funções distintas e estruturadas para fazer com que o esquema funcionasse.

No total, 100 policiais civis de todas as delegacias da DIG foram empenhados para a operação, que recebeu o nome de Falso Mercúrio, em alusão ao Deus do comércio e dos trapaceiros na mitologia romana.

O secretário da Segurança Pública, Osvaldo Nico Gonçalves, acompanhou a saída das equipes para o cumprimento dos mandados nesta madrugada. “É uma das maiores operações já deflagradas pela Polícia Civil contra a lavagem de capitais. Os envolvidos no crime viviam uma vida de luxo e conseguiam milhões com a atividade ilícita. Hoje, nós avançamos contra essa rede criminosa”, disse o secretário.

O delegado e diretor do Deic, Ronaldo Sayeg, revelou que esta é a maior investigação patrimonial e financeira já realizada pelo departamento. “Seguimos a diretriz de descapitalizar o crime organizado e recuperar ativos. Essa operação simboliza isso em razão do número de imóveis e bens que estão bloqueados e restritos”, afirmou Sayeg.

Leia também

Yuri Cavalieri é jornalista e pós-graduando em política e relações internacionais. Tem mais de 12 anos de experiência em rádio e televisão. É correspondente da Itatiaia em São Paulo. Formado pela Universidade São Judas Tadeu, na capital paulista, onde nasceu, começou a carreira na Rádio Bandeirantes, empresa na qual ficou por mais de 8 anos como editor, repórter e apresentador. Ainda no rádio, trabalhou durante 2 anos na CBN, como apurador e repórter. Na TV, passou pela Band duas vezes. Primeiro, como coordenador de Rede para os principais telejornais da emissora, como Jornal da Band, Brasil Urgente e Bora Brasil, e repórter para o Primeiro Jornal. Em sua segunda passagem trabalhou no núcleo de séries e reportagens especiais do Jornal da Band.

Ouvindo...