Dois homens, de 31 e 62 anos, foram presos preventivamente durante uma operação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), em Novo Cruzeiro, no Vale do Jequitinhonha. A ação busca identificar o mandante e o executor de uma tentativa de homicídio contra o vereador Ronildo Mendes Barbosa (Solidariedade).
Os ataques ocorreram nos dias 15 de outubro e 11 de novembro deste ano. A Câmara Municipal chegou a emitir uma nota de repúdio dois dias depois ao primeiro ataque.
“Estamos profundamente preocupados com este incidente e condenamos, veementemente, qualquer forma de violência. Expressamos solidariedade ao Vereador e a seus familiares, e, solicitamos providências às autoridades competentes a devida apuração e punição para este ato criminoso contra a vida”, disse em nota.
Investigação
As investigações da PCMG indicaram que as tentativas de homicídio tiveram motivação política. O mandante seria o suplente imediato do vereador na Câmara Municipal, que teria planejado a morte do parlamentar. Ronildo estava sendo monitorado e seguido em diferentes datas, especialmente nos dias de sessões legislativas, quando retornava à residência dela, na zona rural.
O delegado responsável pelo caso, Richard Gutemberg Silva, ressaltou a gravidade da situação. “A investigação demonstrou que havia um plano estruturado para eliminar um representante eleito e alterar, pela violência, o curso normal da atividade legislativa”, disse.
Como foram os ataques?
De acordo com a polícia, na primeira tentativa um homem disparou contra Ronildo, que conseguiu fugir e se esconder em uma área de mata. No segundo ataque, a residência do vereador foi invadida, o veículo do caseiro foi incendiado e estojos deflagrados (cápsulas vazias de munição que sobraram após o disparo de uma arma de fogo) foram deixados no local como forma de intimidação à família.
Diante das provas, a Polícia Civil prendeu preventiva os investigados. A dupla foi encaminhada ao sistema prisional.