A cidade de São Paulo registrou o 3° maior volume de chuva dos últimos 64 anos nesta sexta-feira (24), segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), ou seja, o 3º maior volume de chuva registrado desde 1961.
Dos 125,4 mm registrados o período de chuva de ontem, o acumulado de 82 mm, registrado em apenas 1h (entre 15h e 16h), foi o maior volume registrado em 60 minutos desde 25 de julho de 2006.
Segundo a Enel, ainda há cerca de 31 mil domicílios sem energia elétrica. Ontem esse número chegou a quase 180 mil. De acordo com o Corpo de Bombeiros, foram 126 chamados para queda de árvores, 219 para enchente, inundação, ou alagamentos, e 14 chamados para desmoronamento, desabamento ou soterramento, mas, ainda segundo a corporação, sem vítimas.
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A zona norte de São Paulo foi a região mais castigada pela chuva. Parte do teto de um shopping desabou, mas por sorte, ninguém se feriu. Estações de metrô ficaram completamente alagadas, principalmente na Linha 1-Azul, que liga as zonas norte e sul da capital paulista, que opera parcialmente neste sábado (25).
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram os passageiros se segurando no corrimão, porque a estação virou um rio. As escadas rolantes pareciam cachoeiras. Outro vídeo mostra o ponto turístico “Beco do Batman”, um local com vários grafites e bares, totalmente alagado.
Previsão do tempo para SP
O sábado (25), data comemorativa ao aniversário dos 471 anos da cidade de São Paulo, começou com termômetros em média na casa dos 20,3°C e sol entre nuvens. A sensação ainda é de tempo abafado, em função do ar quente e úmido sobre o estado paulista.
Hoje a temperatura máxima deve atingir os 31°C e índices de umidade do ar entre 50% e 95%. Os temporais retornam a partir das primeiras horas da tarde, em função do calor e da elevada disponibilidade de umidade na atmosfera. Além disso, o ambiente é de pré-frontal, associado com a presença de áreas de baixa pressão atmosférica sobre o estado paulista.
Este cenário é favorável para o surgimento de nuvens profundas, de grande desenvolvimento vertical e que produzem chuva forte, acompanhadas de rajadas de vento e queda de granizo.
Em decorrência do forte temporal que atingiu a Capital paulista na tarde de ontem, o solo encontra-se bastante encharcado, o que aumenta o risco para a formação de novos alagamentos, transbordamento de rios e córregos, enxurradas em vias públicas, escorregamentos de encostas e queda de árvores.
Os dados do CGE mostram ainda que janeiro acumulou até o momento 116,8mm de chuva, o que corresponde a 45,4% dos 257,3mm esperados para o mês.
Todos os modelos numéricos de previsão do tempo que rodaram recentemente apontam para um quadro de muita chuva nesta última semana de janeiro. Indicam também, que o forte calor, com temperaturas que estiveram bem acima da média, deve diminuir a partir do domingo (26).
O domingo (26) também será marcado por chuva moderada a forte a partir do final da manhã, que deve receber o reforço da chegada de uma frente fria ao litoral paulista. Essa condição proporciona a ocorrência de chuvas com maior volume e de forma generalizada ao longo do dia.
Esse cenário aponta para a formação de alagamentos intransitáveis, queda de árvores e transbordamento de rios e córregos, bem como escorregamentos de terra em áreas consideradas de risco. As temperaturas variam entre a mínima de 20°C e a máxima não deve superar os 27°C, com percentuais mínimos de umidade do ar em torno dos 65%.