O feriado de Finados é celebrado neste sábado (2) no Brasil e em alguns países. A data remete ao luto, à saudade e a homenagens aos mortos. A data também traz variados aspectos religiosos e culturais aplicados em diversas partes do mundo.
A data comemorativa é muito antiga no calendário católico, conforme explica a antropóloga e bacharel em Direito Mirella Braga, professora de Direito e Serviço Social do Centro Universitário de João Pessoa (Unipê).
“Em artigo publicado em 2010 pela antropóloga Misia Reesink, ela nos endereça o dia de Finados ao início no século XI, sendo o dia designado pela Igreja Católica como data em que a Igreja Militante, ou seja, os vivos católicos, se lembra e se apieda da Igreja Penitente, que são as almas ainda não completamente salvas”, explica a professora.
Quanto à origem das comemorações, a antropóloga diz que a festa foi instaurada pelo abade Odilon, de Cluny, na
“O dia de Finados tornou-se especial, dedicado à memória das pessoas que faleceram, cabendo aos vivos a iniciativa de ressignificar, ano após ano, os laços para com seus parentes e amigos na ida aos cemitérios, ao visitar os túmulos (tradição forte católica) e frequentar uma missa para ‘entregar’ a alma da pessoa falecida”, comenta Mirella Braga.
Celebrações pelo mundo
O dia de Finados é uma celebração universal, tendo as suas peculiaridades de acordo com o contexto no qual o grupo ou o indivíduo está inserido, explica a professora.
“Serve como um momento de relembrar o amigo, parente ou pessoa do convívio que morreu. É fácil perceber essa importante peculiaridade ao pensarmos no filme mexicano ‘A Vida É Uma Festa’ [2017], em que os mexicanos celebram o dia dos mortos [Finados] de maneira mais festiva e colorida”, afirma.
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A mistura entre as culturas cristã e pré-colombianas — que ocupavam a América antes da chegada dos europeus — acrescentou novos ritos ao Dia de Finados. Em alguns lugares, o Dia dos Mortos é uma expressão cultural das mais importantes e atração turística.