A Polícia Civil do Rio de Janeiro desencadeou na manhã desta sexta-feira (18), uma operação contra uma quadrilha de roubo e furto de cargas no bairro de Irajá e prendeu dois homens que tentava escapar de operação da polícia. Os agentes se deslocaram pela Avenida Brasil, quando então, ao passarem pela comunidade, perceberam que homens armados fugiam pela via, em meio aos veículos, fechando o trânsito.
No mesmo horário, policiais civis realizavam buscas por outros suspeitos. A “Operação Torniquete” tem o objetivo de reprimir os roubos, furtos e receptações de cargas e veículos. Assustados, motoristas abandonaram os veículos e buscaram proteção na mureta da pista lateral da via. Com os homens, foram encontrados arma de fogo, cargas de drogas diversas e radiocomunicadores. Agora eles serão encaminhados ao sistema penitenciário.
Nessa terça-feira (15) a operação prendeu também, 20 criminosos que fazem parte do bando. Além disso, os agentes cumprem 40 mandados de busca e apreensão. Segundo as investigações, os criminosos movimentaram em um ano R$ 30 milhões com o esquema criminoso.
A polícia identificou a existência de uma rede complexa de roubo, furto, receptação e desmonte de veículos que era comandada pelo traficante Geonário Fernandes Pereira Moreno, de 41 anos, o Genaro, morto durante uma operação da Polícia Militar, em setembro deste ano.
Dois suspeitos foram capturados pela polícia.
O esquema criminoso
Segundo a polícia, o bando de Geonário é responsável pelo desmanche de pelo menos 80 carros roubados por semana. Em seguida, eles comercializam as peças e acessórios dos veículos. A investigação aponta que, os carros roubados eram levados para as comunidades da Guacha, Gogó da Ema e Santa Tereza, em Belford Roxo. Lá as peças eram armazenadas em depósitos alugados em nomes de laranjas.
Depois, o material era enviado para São Paulo e os responsáveis por esse envio eram Robson Lopes Alves, conhecido como Tobah, e Sidnei Carlos de Oliveira, o Foca. De São Paulo, as peças eram levadas pra outros estados: Goiás, Santa Catarina e Bahia, onde são comercializadas por ferros-velhos e lojas de autopeças, abastecendo o mercado clandestino.