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Quem é Rivaldo Barbosa, um dos presos pela morte de Marielle Franco

Delegado foi chefe da Polícia Civil e assumiu cargo um dia antes do assassinato da vereadora

Rivaldo Barbosa foi chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro

Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, foi preso neste domingo (24) por suspeita de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco, morta em março de 2018. O delegado foi alvo de mandado de prisão, assim como os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, possíveis mandantes do crime. Eles já deram entrada na sede da Polícia Federal, na capital fluminense.

Quem é Rivaldo Barbosa?

O delegado Rivaldo Barbosa assumiu a chefia da Polícia Civil no dia 13 de março de 2018, exatamente um dia antes do assassinato de Marielle Franco e do motorista da vereadora, Anderson Gomes. Ele permaneceu no cargo de março a dezembro de 2018, durante os primeiros meses da investigação do caso Marielle. Dias após o crime, Rivaldo se reuniu com a bancada do Psol, partido da vereadora assassinada, e garantiu que o crime seria esclarecido ‘o mais rápido possível’.

Rivaldo foi quem informou ao então chefe da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), Giniton Lages, que três delegados da Polícia Federal teriam identificado uma possível testemunha do crime, o então policial militar Rodrigo Ferreira,. ‘Ferreirinha’ teria testemunhado uma conversa entre Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando da Curicica, e o vereador Marcello Siciliano, em que os dois teriam planejado o assassinato de Marielle. Uma investigação da PF, porém, comprovou que a informação era falsa.

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Antes de assumir o cargo de chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa atuou como subsecretário da Subsecretaria de Inteligência da Segurança. Ele também foi chefe da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e diretor da Divisão de Homicídios. Atualmente, ele era chefe da Coordenadoria de Comunicações e Operações Policiais.

Rivaldo foi alvo de diversas denúncias durante a carreira, incluindo a de que teria recebido R$ 400 mil para impedir que a investigação do assassinato de Marielle avançasse. Além disso, o delegado foi denunciado por contratar serviços de informática no valor de R$ 19 milhões de forma indevida, mas a acusação foi rejeitada pela Justiça. Rivaldo se formou em Direito em 1998 e, antes de entrar para a Polícia Civil, foi professor de Direito em uma instituição particular.

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Jornalista formado pela UFMG, com passagens pela Rádio UFMG Educativa, R7/Record e Portal Inset/Banco Inter. Colecionador de discos de vinil, apaixonado por livros e muito curioso.