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Ararinhas-azuis, extintas na natureza há mais de duas décadas, são soltas na Caatinga

Oito aves da espécie cyanopsitta spixii foram soltas em Curaçá, no sertão baiano

Extintas na natureza há mais de duas décadas, as ararinhas-azuis voltaram a colorir o céu da Caatinga na Bahia, estado que é o habitat natural da espécie. Oito aves cyanopsitta spixii foram soltas em Curaçá, no sertão baiano, no último sábado (11).

A soltura da espécie é parte da estratégia do plano de Ação Nacional (PAN) para Conservação da Ararinha-Azul. O objetivo da ação é reintroduzir as ararinhas-azuis em sua área original até 2024, “buscando o aumento populacional contínuo e conservando habitats com envolvimento comunitário em práticas sustentáveis”.

As ararinhas soltas no último sábado nasceram e foram criadas em um viveiro da ONG alemã Association for the Conservation of Threatened Parrots (ACTP), que cuida de papagaios ameaçados.

Informações sobre o desenvolvimento das ararinhas-azuis estão sendo compartilhadas através das redes sociais da ACTP.

Oito araras maracanãs, que “treinaram” as ararinhas-azuis dentro do viveiro para que pudessem sobreviver em vida livre, foram soltas no mesmo momento. O grupo maior é definido como determinante para a reintrodução dos animais e adaptação à liberdade.

O método utilizado foi o “soft release”, uma soltura branda para que os animais se adaptem à liberdade. As ararinhas-azuis receberam transmissores, anilhas e microchips para que sejam monitoradas.

Fazem parte da ação pesquisadores do projeto, representantes do Ministério do Meio Ambiente, do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) e da Prefeitura de Curaçá.

Maria Clara Lacerda é jornalista formada pela PUC Minas e apaixonada por contar histórias. Na Rádio de Minas desde 2021, é repórter de entretenimento, com foco em cultura pop e gastronomia.


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