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Cliente que sofreu queimaduras com depilação a laser é indenizada em mais de R$ 12 mil

Mulher teve queimaduras de segundo grau nas pernas após sessão realizada em clínica de estética

Cliente ficou com queimaduras de segundo grau após procedimento estético

Uma cliente que sofreu queimaduras de segundo grau após sessões de depilação a laser em uma clínica de estética em Santa Catarina foi indenizada em mais de R$ 12 mil. Após o procedimento estético, a mulher ficou com cicatrizes permanentes. Conforme decisão do juízo da 2ª Vara da comarca de Guaramirim, ela foi indenizada por danos morais, estéticos e materiais.

A mulher, que não teve a identidade revelada, contratou os serviços da clínica em novembro de 2020 para realizar 10 sessões de depilação a laser nas pernas. Em maio de 2021, durante a quinta sessão, ela relatou fortes dores e foi informada pela profissional que a atendia de que a sensação era normal no procedimento.

A cliente percebeu que as pernas estavam vermelhas, quentes e doloridas, ao que a clínica forneceu uma pomada para alívio dos sintomas. Quando a mulher enviou fotos das lesões na perna, foi orientado que ela procurasse um dermatologista. Os exames médicos constataram queimaduras de segundo grau e cicatrizes permanentes.

A clínica de estética argumentou que não pode ser responsabilizada pelos danos causados à cliente porque ela foi advertida dos riscos do procedimento. Ainda, a defesa afirmou que é difícil identificar as cicatrizes da mulher nas fotografias anexadas ao processo, caracterizando dano estético no grau mínimo.

Apesar da argumentação, o juiz responsável pelo caso entendeu que os danos causados à cliente foram superiores aos previstos no termo de consentimento assinado por ela. O magistrado também considerou que as cicatrizes são visíveis e que causam constrangimento à cliente, que passou a evitar usar roupas que mostrem as pernas.

Por todo esse quadro, o juiz condenou a clínica ao pagamento de indenização por danos morais (R$ 6 mil), estéticos (R$ 4 mil) e materiais (R$ 2,2 mil), no total de R$ 12,2 mil. A defesa da clínica estética ainda pode recorrer da decisão.

Maria Clara Lacerda é jornalista formada pela PUC Minas e apaixonada por contar histórias. Na Rádio de Minas desde 2021, é repórter de entretenimento, com foco em cultura pop e gastronomia.