Funcionários da General Motors (GM) em São Paulo decidiram na manhã desta quarta-feira (1º) que vão manter a greve que começou na semana passada, até que a montadora cumpra uma decisão da Justiça do Trabalho para reintegrar mais de 830 trabalhadores demitidos da unidade de São José dos Campos.
A decisão liminar, da qual cabe recurso, foi proferida na terça-feira (31) pelo desembargador João Alberto Alves Machado, do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região. Segundo o despacho, a GM também não pode realizar novas demissões até que readmita os trabalhadores que estavam empregados.
Em caso de descumprimento, a multa diária foi estipulada em R$ 1 mil por trabalhador que não for reintegrado.
Os mais de 830 trabalhadores foram demitidos em 21 de outubro. Eles trabalhavam nas fábricas de São José dos Campos, São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes e foram demitidos por e-mail e telegrama.
Os trabalhadores questionam as demissões, porque houve um acordo entre a GM e a categoria de que não haveria demissões ou outras ações sem prévia negociação com o sindicato. O acordo aconteceu quando a montadora adotou o lay-off, período de inatividade remunerada de trabalhadores.
A reportagem tenta contato com a GM. À época das demissões, a montadora justificou que houve queda nas vendas e nas exportações.
