O dono de três cavalos suspeita que os animais foram mortos após serem envenenados e acusa policiais de obstruir investigações e esconder provas. As denúncias foram enviadas ao Ministério Público, à Corregedoria da Polícia Civil e à Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) e estão sendo investigadas.
O primeiro cavalo morreu em 2022, após cair doente em Mairiporã, na região metropolitana de São Paulo. O dono, o empresário Hérick Maragno, 41 anos, relata que o animal tinha um corrimento nasal esverdeado, espumava pela boca e não conseguia beber água.
Usando um estetoscópio, o veterinário avisou que o intestino do animal não funcionava. O dono concordou em sacrificá-lo no primeiro dia do ano, conforme informações da Folha de São Paulo. Nas seis semanas seguintes, Maragno perderia outros dois cavalos.
A investigação das três mortes colocou o empresário em uma briga judicial com quatro delegados de polícia, três investigadores, três veterinários, um advogado. O caso chegou até o delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo.
Maragno afirma que os cavalos foram envenenados. Segundo ele, um exame toxicológico detectou 0,661 mg/kg de chumbo em órgãos de um dos cavalos, o último a morrer. O empresário não tem certeza de quem seria o mandante do suposto envenenamento.
A Delegacia Seccional de Franco da Rocha, que supervisiona o caso, diz que as acusações estão sendo apuradas e que o empresário será responsabilizado se não comprová-las. Diz também que a hipótese de intoxicação por chumbo foi descartada por laudos.