Caso Joaquim: padrasto é condenado a 40 anos de prisão por matar menino

O júri popular da mãe e do ex-padrasto do menino Joaquim, morto em novembro de 2013, aconteceu em Ribeirão Preto, em São Paulo

Júri em Ribeirão Preto condena padrasto de menino morto em 2013

O Tribunal do Júri condenou, nesse sábado (21), o técnico de informática Guilherme Raymo Longo a 40 anos de prisão pela morte do enteado Joaquim Ponte Marques, de 3 anos. A mãe, Natália Mingoni Ponte, foi absolvida. Em 2013, o corpo foi encontrado em um rio, na cidade de Barretos, cinco dias após notificação de seu desaparecimento.

“O réu foi condenado pelo crime de homicídio qualificado: motivo fútil, emprego de meio cruel, uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, além de ser praticado contra pessoa menor de quatorze anos de idade (artigo 121, § 2º, incisos II, III e IV, e § 4º, parte final do Código Penal)”, informou o tribunal de São Paulo. A pena foi fixada em 40 anos de reclusão, em regime inicial fechado.

Ao longo dos seis dias do julgamento, foram ouvidas 31 testemunhas, além do interrogatório dos réus. Nesse sábado (21), às 10 horas, os trabalhos foram iniciados com os debates: duas horas e meia para a acusação e duas horas e meia para a defesa. Na sequência, foram mais duas horas de réplica e tréplica para cada lado.

Depois disso, os sete jurados se reuniram na sala para a votação dos quesitos, considerando a mãe inocente e o padrasto culpado. Por fim, o juiz proferiu a sentença e o julgamento foi encerrado por volta de 22h15.

Relembre o caso

O menino Joaquim foi encontrado morto, jogado em um córrego em Barretos, a cerca de 120 km de Ribeirão Preto. A criança morava com a mãe e o padrasto, além de um irmão mais novo.

A causa da morte foi apontada como uma superdosagem de insulina aplicada no garoto. Segundo a denúncia, o padrasto aplicou o medicamento no menino, que era diabético.

As defesas contestam a causa da morte, visto que a perícia não encontrou a substância no corpo do garoto, já que é de rápida absorção no corpo. Ele, porém, não morreu por afogamento, com base em exames periciais.

Guilherme Longo é acusado de homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Ele está preso em Tremembé, em São Paulo, desde 2018.

Natália Ponte também é acusada de homicídio triplamente qualificado; a diferença é a qualificadora de omissão. No entendimento da acusação, ela poderia ter evitado o contato da criança com o padrasto, que tinha comportamento agressivo.

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