O Tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista, responsável pelo quartel de Barueri, na grande SP será exonerado. A informação foi confirmada em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (19), pelo general de Brigada Maurício Vieira Gama, chefe do Estado Maior, do Comando Militar do Sudeste (CMSE). A decisão foi tomada pelo comandante do Exército, Tomás Ribeiro Paiva depois que 21 armas do CMSE foram furtadas.
Segundo o porta voz do exército, a linha de investigação mais provável é de que as armas foram desviadas mediante furto com participação de militares do Arsenal de Guerra de São Paulo, embora nenhuma hipótese tenha sido descartada até o presente momento, existe a possibilidade do extravio ter ocorrido entre 5 a 8 de setembro.
O general também afirmou que os processos da Organização Militar estão sendo revistos:
“Os militares que tinham encargos de fiscalização e controle poderão ser responsabilizados na esfera administrativa e disciplinar por eventuais irregularidades. Esses militares receberam um Formulário de Apuração de Transgressão Disciplinar e estão em curso de prazo para apresentação de suas defesas. Os militares temporários serão expulsos e os militares de carreira serão submetidos a Conselhos de justificação ou disciplina”, disse o general.
Investigações
Até o presente momento, foram recuperadas 8 (oito) metralhadoras, sendo 4 (quatro) calibre .50 e 4 (quatro) calibre 7,62, fruto de uma ação integrada do Exército Brasileiro com a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro. Em uma primeira fase, como consequência do ocorrido, foi instaurado um Inquérito Policial Militar, que corre em sigilo para não atrapalhar o curso das investigações.
O Arsenal de Guerra de São Paulo permaneceu em prontidão com seu efetivo total de 10 até 17 de outubro, passando, nessa data, a situação de sobreaviso, com aproximadamente um terço dos militares aquartelados, tudo com o objetivo de contribuir com a investigação e possíveis ações necessárias.
As ações estão sendo conduzidas pelo Comando Militar do Sudeste, de maneira integrada com o apoio dos órgãos de segurança pública, agências e com orientação do Ministério Público Militar e da Justiça Militar da União, com o objetivo de apontar os responsáveis e recuperar o armamento no mais curto prazo.
“O Exército considera esse episódio inaceitável e envidará todos os esforços para responsabilizar os autores e recuperar todo o armamento, no mais curto prazo. Tudo está sendo investigado e os ilícitos e desvios de conduta serão responsabilizados nos rigores da lei”, concluiu o general Maurício Vieira.