Funcionários do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) agendaram greves simultâneas para esta terça-feira (3), com duração de 24 horas. As categorias protestam contra o plano de privatizações de linhas metroferroviárias e da estatal de saneamento, uma das principais promessas de campanha do governador de SP, Tarcísio de Freitas.
Com o anúncio da greve, o governo de São Paulo decretou ponto facultativo nesta terça-feira, nos serviços estaduais da capital como escolas e serviços de saúde, as consultas em Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) da capital e em outras unidades de saúde estaduais terão seus reagendamentos garantidos, assim como nos postos do Poupatempo. Aulas e provas da rede estadual de ensino também serão repostas e reagendadas.
Em nota, o governo declarou que serviços de segurança pública não serão afetados, assim como os restaurantes e postos móveis do Bom Prato, que vão continuar a oferecer normalmente as refeições.
O decreto que oficializa o ponto facultativo será publicado no Diário Oficial do Estado.
Já a Justiça de SP determinou 100% de operação do metrô e da CPTM funcionem em horários de pico, das 6h às 9h e das 16h às 19h. O sindicato dos metroviários, por sua vez, promete recorrer da decisão.
No caso da Sabesp, 85% do efetivo vinculado à prestação de serviços essenciais de saneamento básico, tratamento e abastecimento de água e esgoto deve ser mantido, segundo a Justiça. A multa em caso de descumprimento é de R$ 100 mil para cada entidade sindical.
A presidente dos sindicato dos metroviários Camila Lisboa divulgou um vídeo dizendo que a classe propôs ao governo que as catracas fossem liberadas nesta terça-feira. Veja o vídeo:
Segundo o metrô mais de 5 milhões de pessoas utilizam os serviços metroviários na capital e região metropolitana. Nesta segunda-feira (2), a partir das 18h, acontece uma assembleia, com os funcionários das três estatais para organizar a paralização unificada.