O homem
Por orientação do próprio advogado ele decidiu permanecer em silêncio. Lucas Bonfim Lhama, 31 anos foi interrogado por feminicídio contra sua namorada Aline Candafat. Segundo a delegado Dra. Priscila Camargo, durante todo o depoimento e exerceu o direito de permanecer calado.
A namorada Aline Candalaft, de 31 anos, foi encontrada no domingo, dia 20 de agosto, depois que Lucas avisou à família da namorada, por meio de mensagens, que a vítima estava sem vida em casa.
Trabalho entre o GOE e a polícia do RJ
Lucas foi preso na quinta-feira (24), no Rio de Janeiro. A captura só foi possível graças a uma ação conjunta entre as polícias de São Paulo e do Rio. Segundo a delegada Priscila Camargo, a família de Lucas auxiliou com informações sobre sua localização:
“A polícia conseguiu a informação que ele estava numa cidade do Rio de Janeiro no entanto essa informação não era 100% precisa pois Lucas sempre se deslocava de um lado para o outro. Foi então com o apoio da família e da mãe dele, principalmente, foi possível identificar a localização exata dele”, diz a delegada.
Lucas passou por audiência de custódia, na sexta-feira (25), no Rio de Janeiro, e no mesmo dia foi levado para São Bernardo do Campo, na grande SP, pelos policiais da DDM, com o apoio do Grupo Operações Especiais (GOE).
Lucas matou o pai em 2016
Segundo sua mãe, Lucas tem histórico de esquizofrenia paranóide desde os 9 anos.
Lucas matou o pai em 15 de fevereiro de 2016. Na época, durante a madrugada, no bairro Santa Maria, em Santo André, deu golpes de faca contra Lourival Garcia.
O rapaz já havia passado por clínicas de reabilitação quando fazia o uso de drogas. Em 15 de fevereiro, a mãe dele contou ao delegado que o filho tinha transtorno psiquiátrico e fazia tratamento no Hospital Mário Covas. Tinha surtos a cada seis meses e era socorrido pelo Samu com frequência.
Antes do crime contra o pai, o filho tinha deixado de tomar os remédios prescritos pelo psiquiatra.
Quem decide sobre a internação de Lucas?
Segundo a delegada Priscila Camargo nesse primeiro momento do inquérito policial Lucas Bonfim não vai passar por uma avaliação médica e nem será encaminhado para o hospital psiquiatra:
“Nesse momento ele vai ficará preso em uma cadeia de trânsito até a finalização do procedimento de Inquérito Policial, ele vai permanecer isolado dos demais presos para que se possa resguardar a integridade física, mental e moral de Lucas, ele vai receber os remédios e atendimentos adequados que ele precisa”, descreve a delegada.
Depois do inquérito policial finalizado caberá ao Ministério Público decidir se oferece ou não uma denúncia, caso isso ocorra, Lucas será julgado pela morte da namorada, e durante o julgamento a defesa poderá alegar a insanidade mental de Lucas Bonfim.