A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga se a mulher de 19 anos, presa suspeita de matar o patrão, agiu sozinha. Nesse domingo (2), ela foi presa em uma comunidade no Recreio, no Rio de Janeiro, acusada de matar seu patrão. O crime ocorreu em março deste ano.
Segundo a Polícia Civil, o homem, de 66, foi morto em Pedra de Guaratiba, na zona oeste da capital fluminense. A vítima foi morta com um tiro no peito enquanto dormia em casa. O corpo foi encontrado dias depois na cisterna que abastecia a casa dele.
O delegado Alexandre Herdy investiga se ela teria pago alguém para ocultar o corpo. “A vítima tinha moedas estrangeiras em casa. Tinha dólar, euro e dinheiro na conta bancária. Acreditamos que ela não agiu sozinha em virtude do peso da vítima. Ela teve ajuda de alguém para que houvesse o transporte do corpo até a cisterna”.
Conforme as investigações, o crime foi cometido porque a jovem estava descontente com as atitudes do patrão. Antes de cometer o crime, ela teria procurado na internet informações sobre como utilizar uma arma. Entre as perguntas escritas está: ‘tiro no peito mata?’.
Durante as investigações, os agentes comprovaram que após matar a vítima a autora levou os telefones celulares, joias e dinheiro do patrão. Os policiais civis também constataram que a mulher sacou um total de R$ 3 mil em vários em pontos diferentes do bairro do Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste. Após um trabalho de inteligência, as equipes conseguiram localizar e prender a mulher em uma comunidade, também, no bairro do Recreio.
Outra morte
A polícia investiga se ela foi responsável por outra morte — tendo em vista que a mãe do patrão dela, uma idosa de 91 anos, morreu seis dias após o assassinato do filho. Isso porque, após a morte do patrão, ela teria dispensado a cuidadora da idosa.
“Ela permaneceu sozinha, sem assistência - seja em termos de alimentação ou cuidar dos médicos - e faleceu. Então acreditamos que essa morte decorreu, sim, da falta de cuidado provocada por uma ação anterior”.
Ela foi levada pro Presídio de Benfica, na zona norte do Rio de Janeiro, onde ainda passará por uma audiência de custódia. Ela está presa temporariamente e pode responder pelos dois homicídios. Novos testemunhas ainda são aguardadas para prestar depoimentos.