Um médico de 55 anos foi denunciado criminalmente pelo Ministério Público do Paraná (MP) após tentar beijar à força uma colega enfermeira de 23 anos. A denúncia foi apresentada nessa segunda-feira (15) pela Promotoria de Justiça de Bocaiúva do Sul.
A importunação sexual contra a enfermeira, conforme a denúncia, ocorreu no último dia 10 de maio, no interior da Unidade de Pronto Atendimento de Adrianópolis. O médico teria agarrado a vítima tentando beijá-la na boca.
O crime de importunação sexual está previsto no artigo 215-A do Código Penal, com pena prevista de até cinco anos de prisão. A Promotoria de Justiça requereu que o fato seja comunicado aos Conselhos Regionais de Medicina do Paraná e de Santa Catarina, para apuração de possível infração ética.
O MP requereu ainda a manutenção do afastamento do médico das atividades funcionais, que está proibido de manter qualquer tipo de contato com a vítima, sob pena de prisão.
Resposta da Prefeitura
Em resposta à CNN, a prefeitura de Adrianópolis se manifestou sobre o ocorrido dizendo que a “secretaria de Saúde do Município de Adrianópolis ao momento em que soube do cometimento do crime, declara que acionou a Polícia Militar, destacamento de Adrianópolis”.
“Não obstante, destaca que o prestador de serviço C.O de 55 anos, não pertence ao quadro de colaboradores desta Prefeitura. Tendo sido contratado através da empresa VCI Serviços Médicos, após o ocorrido solicitou o desligamento do médico”, acrescentou.
A prefeitura ainda disse que “condena toda e qualquer conduta criminosa, repudiam o crime de importunação sexual” e “qualquer forma de violência, física ou mental, e principalmente aquelas cometidas contra mulheres e profissionais no ambiente de trabalho”.
O comunicado conclui dizendo que a administração municipal “e coloca ao lado da profissional de saúde ofendida e que prestará apoio incondicional” e “esclarece que notificou a empresa contratada, VCI Serviços Médicos, do ocorrido e que requer que sejam tomadas as medidas cabíveis, tal como oficiar o Conselho Regional e Federal de Medicina, sem excluir outras”.
O médico ainda não se pronunciou.
* com informações de CNN