Um empresário que foi preso preventivamente pela Polícia Civil (PC) de Taguatinga, no Distrito Federal (DF), suspeito de comandar um esquema de comércio ilegal de cerveja vencida no DF. A prisão, ocorrida nessa terça-feira (4), foi realizada por policiais da 18ª DP, na região Central de Taguatinga/DF, quando o suspeito entrava em um hotel. O homem desembarcou em Brasília, vindo do Recife/PE, e era monitorado pela PC.
A prisão preventiva foi determinada pelo juiz da Vara Criminal e Tribunal do Júri de Brazlândia. Segundo o magistrado, o empresário “vendeu bebidas impróprias para o consumo para diversos estabelecimentos, havendo, ante o volume das transações criminosas praticadas, a possibilidade concreta de que continue a praticar o referido crime se permanecer solto”.
O empresário é dono de uma empresa de Brazlândia/DF, que envasava e comercializava água mineral, mas foi fechada pela Vigilância Sanitária em 30 de março deste ano, após a operação policial, segundo informações da PC.
As investigações da polícia apontaram que a empresa fazia o envasamento de água mineral, mas, nos últimos meses, passou a adulterar e comercializar latas de cerveja vencida, remarcando a data de validade.
“No dia da operação, 20 funcionários foram surpreendidos em flagrante remarcando a data de validade de paletes de cerveja. O gerente da empresa foi preso em flagrante”, relata a PC. No total, 152 mil latas de cerveja vencidas foram apreendidas.
Histórico
Em 2016, o mesmo empresário foi preso na Operação “Longa Manaus” da Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), suspeito de atrapalhar investigação de organização criminosa. No mesmo ano, o pai do empresário foi preso na Operação Tsunami da PCPE, suspeito de fraudar licitações na prefeitura de Catende/PE, conforme informações da PC.
Nas investigações relacionadas ao Distrito Federal, o empresário é suspeito de manter em depósito para revenda mercadoria em condições impróprias ao consumo, crime punido com pena de detenção, de 2 a 5 anos, ou multa (art. 7º, inc. IX, da Lei nº 8.137/90).
“A adulteração ocorria em Brazlândia, mas as ordens emanavam de Recife, com o empresário à frente do esquema”, explica o delegado Fernando Cocito.