Ouvindo...

Elize Matsunaga vira motorista de aplicativo e usa nome de solteira para não ser reconhecida

A mulher cumpre o restante da pena de 16 anos em liberdade e mora no interior de São Paulo

A mulher cumpre o restante da pena de 16 anos em liberdade e mora no interior de São Paulo

Elize Matsunaga, a mulher que esquartejou o marido, cumpre pena em liberdade condicional e trabalha como motorista de aplicativo em Franca, no interior de São Paulo. Em liberdade desde maio do ano passado, Elize usa o nome de solteira para não ser reconhecida pelos passageiros.

Em uma página no Instagram, chamada “Mulheres Assassinas”, há uma pequena descrição sobre Elize e a nova vida.

“A egressa de Tremendé escolheu a cidade de Franca, interior de São Paulo, para fixar residência. Lá, comprou à vista um apartamento de dois quartos. Batalhadora, ela trabalha como motorista de aplicativo. Sua nota como condutora é 4.80. Para não ser reconhecida pelos passageiros, a mulher que esquartejou o marido usa o nome de solteira: Elize Araújo Gioacomini e esconde-se por trás de máscaras e óculos escuros.”

Elize cumpria pena no presídio de Tremembé (SP) e, após 10 anos, teve a liberdade condicional concedida pela Justiça, em maio de 2021. Elize matou o marido, o empresário Marcos Matsunaga, herdeiro da indústria de alimentos Yoki, em maio de 2012, no duplex em que o casal morava, na Zona Oeste de São Paulo.

Elize, inicialmente, havia sido condenada a 19 anos e 11 meses de prisão, mas, em 2019, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reduziu a pena para 16 anos e três meses. Elize foi após a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) cumprir o alvará expedido pela Justiça. Na época, a bacharel em direito deixou a penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier, em Tremembé, no interior paulista, na presença do advogado Luciano de Freitas Santoro.

Motorista

Elize trabalha como motorista em um Honda Fit, prata para três plataformas diferentes, usa o nome de solteira, além de máscara e óculos escuros para não ser reconhecida pelos clientes.

Para cumprir em liberdade os 16 anos restantes de pena, ela escolheu a quinta cidade mais segura do país, onde comprou um apartamento de dois quartos.

O crime

O assassinato aconteceu em 19 de maio de 2012, no apartamento do casal, na Zona Oeste de São Paulo. Na época, o crime teve uma grande repercussão no país por envolver uma bacharel de Direito casada com Marcos Matsunaga, empresário herdeiro da indústrias de alimentos Yoki. Ele tinha 42 anos e ela 30.

O assassinato aconteceu em 19 de maio de 2012, no apartamento do casal, na Zona Oeste de São Paulo. Na época, o crime teve uma grande repercussão no país por envolver uma bacharel de Direito casada com Marcos Matzunaga, empresário herdeiro da indústrias de alimentos Yoki. Ele tinha 42 anos e ela 30.

Marcos morreu vítima de um tiro na cabeça com uma das 34 armas que o casal tinha em casa. Elize alegou que atirou no marido para se defender dele, após uma discussão em que ele a agrediu com um tapa no rosto ao descobrir que Elize havia contratado um detetive particular para segui-lo. O profissional havia descoberto mais uma das traições do empresário e o filmou com uma garota de programa.

Em entrevista à Netflix, Elize disse que não sabia o que fazer com o corpo do marido e que, por esse motivo, decidiu esquartejar e colocar os restos mortais em malas. Imagens de câmeras do prédio onde o casal morava, registraram o momento em que Elize usou o elevador, carregando uma mala.

A Itatiaia entrou em contato com o advogado de Elize Matsunaga e aguarda retorno.

Jornalista graduada pelo Centro Universitário Newton Paiva em 2005. Atua como repórter de cidades na Rádio Itatiaia desde 2022