Nesta quarta feira (25), em São Paulo, centenas de motoqueiros decidiram parar suas atividades das 9h as 20h. Os manifestantes se reuniram no estacionamento do Shopping Metrô Itaquera, na Avenida José Pinheiro Borges. Eles reivindicam receber por cada entrega e melhores condições de trabalho.
Gerônimo Lima Gusmão, 32 anos, líder dos motoqueiros da Zona Leste de São Paulo, diz que o motoboy precisa ser ouvido e rápido:
“Existe um abismo imenso entre o governo, o estado e os motoqueiros de aplicativos autônomos, a reivindicação o Ifood está dando 4 pedidos pra gente entregar e só receberemos dois. Só que os clientes pagaram por 4 entregas e não era assim. Recebíamos por todas as entregas. Há 1 ano isso mudou.”
Gerônimo trabalha há 3 anos atendendo entregas para app e já sofreu 5 acidentes em horário de trabalho. Segundo Gerônimo durante toda o dia os motoqueiros receberam os chamados de entrega mas não atenderam. “Estamos exaustos, não aguentamos mais.”
O que dizem as partes
Em nota, o Ifood afirma que o diálogo é o fator mais importante para construir soluções:
“Acreditamos que o Brasil está diante de uma oportunidade única: se debruçar sobre um tema que é desafio para todo o mundo e criar uma legislação moderna, que sirva de inspiração para outros países. O iFood está pronto para colaborar nesse processo de construção.”
Já o Sindicato dos Motoentregadores, Motofrentistas, motoboys e ciclistas do Brasil diz que a greve é manipulação do Ifood e afirma que estas manifestações que ocorrem não tem a presença de sindicatos ou mediadores de peso, como o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e o Ministério Público do Trabalho (MPT).
A manifestação ocorreu de forma pacífica.