O motorista Valdemir Hoeckler, 52 anos, foi encontrado congelado no freezer da casa onde morava, no sábado (19), e estava desaparecido desde segunda (14). Ele vivia com a esposa em Lacerdópolis (SC) que, após a descoberta do corpo, confessou ter matado o marido asfixiado enquanto ele dormia, sob efeito de medicamentos, no dia 14 de novembro. Casados há 22 anos, ela disse que o marido era abusivo.
“O presídio é o pior lugar do mundo. Eu sei que eu vou ser presa, que vou cumprir a minha pena, mas eu me sinto livre. Não estou mais sendo vigiada, oprimida. Eu me sinto livre.” Claudia Fernandes Tavares Hoeckler, 40 anos, contou em entrevista ao Canal Beto Ribeiro, no YouRube, que ficou casada por 22 anos e que, durante esse tempo, tinha um relacionamento abusivo e era vítima de violência doméstica.
No dia anterior ao crime (13 de novembro) Claudia relata durante entrevista que o marido não deixou ela sair de casa com as amigas. “Se você for, quando você voltar eu te mato”, teria dito o marido.
“Me deu um surto e eu pensei. Se alguém vai morrer que seja você". Antes de matar o marido asfixiado, ela conta que deu remédio para ele dormir. “Dei remédio e sufoquei ele.”
Claudia se entregou na tarde de segunda-feira (21), quando teve prisão temporária decretada pela Justiça.
Ao UOL, os advogados de Claudia reforçaram a versão de que a violência doméstica sofrida por ela foi a motivadora do assassinato.
“Ela era uma mulher maltratada física e psicologicamente. Por vezes, até violentada de forma sexual. E que para preservar a própria vida, matou. Hoje ela está se entregando à polícia e possivelmente vai ser presa. Mas ela deixa bem claro: nunca se sentiu tão livre”, afirmou o advogado Marco Alencar.
