No último mês de agosto, quase 280 mil pessoas conseguiram emprego com carteira assinada no país. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, divulgados essa semana. O saldo é de 278.639 novos empregos formais, índice positivo, mas ainda é menor do que o do mesmo período de agosto do ano passado quando houve abertura de 388.267 vagas.
O coordenador do Núcleo de Economia da Fecomércio MG, Guilherme Almeida, disse que todos os setores produtivos contribuíram de forma positiva para a geração do emprego formal. “Naturalmente essa dinâmica de criação de vagas adicionais, difere de um segmento para outro, conforme os diferentes cenários e setores de atuação. E o que se percebe, tanto para Minas quanto para o Brasil é que essa recuperação do mercado de trabalho vem sendo capitaneada pelo setor de serviços”.
Almeida lembra que esse foi o setor que mais sentiu com a pandemia por conta da diminuição da circulação de pessoas nos centros urbanos e interrupção da atividade produtiva. “Agora, com a normalização ocorre um reaquecimento do setor. Conforme o aumento da demanda, surge a necessidade de suprir a mão de obra para o atendimento de novos clientes”.
De acordo com o gerente da Fecomércio, a perspectiva é cada vez mais positiva porque existe um efeito sazonal típico de fim de ano, com as contratações de mão de obra temporária para o comércio varejista, por exemplo, e também para atender as datas especiais como Natal e Black Friday.
Unidades da Federação
No oitavo mês do ano, todas as 27 Unidades da Federação obtiveram resultado positivo no Caged. O melhor desempenho foi registrado em São Paulo novamente, com a abertura de 74.973 postos de trabalho. Já o menor saldo foi o do Piauí, que registrou a criação de 831 vagas em agosto.
Salário médio
O salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada subiu de 1.920,57 em julho, para R$ 1.949,84 em agosto. Em agosto do ano passado, estava em R$ 1.951,30.