Foi com dicas de limpeza que Tiago Haka, de 35 anos, viralizou nas redes sociais. Ele mora em São Paulo, cursa marketing digital e trabalha como diarista há dois anos. Recentemente, imagens mostrando itens do lar que acumulam sujeira e como limpá-los corretamente repercutiram na internet.
“O ralo nunca foi limpo antes. O banheiro mesmo lavado ficava com odores de esgoto. Muito dos motivos? O ralo estar impregnado de sujeira. A limpeza pode ser feita de 15 em 15 dias ou um 1 mês”, postou Tiago juntamente com a foto do ralo sujo.
“Sabe aquela bucha do chuveiro com calcário? Deixar de molho no vinagre mais água. Não foi preciso esfregar nem nada, e vai dissolvendo na água”, aconselhou em outra publicação.
As postagens tiveram milhares de curtidas. À Itatiaia, Tiago, que é conhecido como “O Homem Diarista” nas redes sociais, explicou que se fosse recomendar um kit sobrevivência para a faxina ideal ele colocaria quatro produtos: água sanitária, detergente, desengordurante e desinfetante.
No entanto, se precisasse escolher apenas um, ele optaria pelo detergente. Para uma boa limpeza, ele diz que é preciso observação e paciência. Alguns alertas são para os locais que tendem a acumular poeira e que podem causar problemas respiratórios para os alérgicos, além da cozinha e banheiro que também pedem atenção.
“Pela minha experiência como diarista das diversas casas que eu já frequentei fazendo limpeza, eu costumo dizer que o imóvel tem que ser funcional. Aquilo que você não utiliza mais doe, venda ou jogue fora para otimizar o espaço”, aconselhou.
No dia a dia, Tiago conta que passou por diversas situações inusitadas. Em uma delas, a cliente disse que gostaria de uma pessoa “menos instruída” para realizar o serviço e em outra foi convidado até para tomar cerveja. “Foi algo bem inusitado, a gente deu bastante risada e foi bem divertido”, disse.
Tiago conta que foi por meio do seu trabalho como diarista que ele obteve algumas conquistas.“A faxina foi esse divisor de águas. Foi através dela que eu estou pagando a minha faculdade, pagando as minhas contas. Estou indo para a Irlanda fazer intercâmbio em 2024. Essa profissão não é vista com bons olhos socialmente, mas proporciona e movimenta a economia”.
“É uma profissão tão importante como qualquer outra. Minha finalidade é levar cada vez mais conteúdos bons e também estar mais próximo desses profissionais que não têm voz e que não conseguem se posicionar e se profissionalizar”, completou.
“Faxina não tem gênero”
O diarista explicou que deixou a recepção de um hotel para atuar na área. “Uma das coisas que eu sempre digo é que faxina não tem gênero. A profissão é muito desvalorizada e eu acredito que ainda temos uma grande luta socialmente”, destacou.
“Eu quero e busco utilizar na minha comunicação, no meu posicionamento como pessoa, como profissional, de que existem tantos outros profissionais que precisam ser valorizados, que precisam ser vistos e estimados principalmente na sua inteligência”, concluiu.