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Polícia faz operação contra tráfico de mulheres brasileiras para a Itália

Grupo aliciava mulheres em Buzios, no Rio de Janeiro. A quadrilha foi descoberta depois que uma das vítimas conseguiu fugir. Ela era obrigada a se prostituir

Mulheres eram exploradas sexualmente. Polícia investiga ligação com máfia

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (23), uma operação com o objetivo de desarticular uma associação criminosa voltada ao tráfico internacional de pessoas para fins de exploração sexual e tráfico internacional de drogas, em Búzios, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro.

Na ação de hoje, os policiais federais cumprem um mandado de prisão preventiva e três mandados de busca e apreensão.

As medidas foram requeridas após as investigações concluírem que uma mulher foi aliciada por um dos membros do grupo criminoso com uma promessa de trabalho na Itália, tendo a vítima sido levada do Brasil até a cidade de Empoli.

Lá, ela foi mantida em cárcere privado, ameaçada e obrigada a se prostituir diariamente.

A quadrilha foi descoberta pela Polícia Federal depois que uma mulher, que havia aceitado ir para a Itália com a promessa de emprego, conseguiu fugir ao se ver mantida em cárcere.

Em Búzios, ela foi arregimentada por uma agenciadora e levada para Itália com todas as despesas pagas - inclusive as taxas de emissão de passaporte e a passagem aérea.

“Além disso, as investigações serão aprofundadas para confirmar os indícios de que o grupo criminoso que atua na rede de prostituição do Brasil pode estar ligado a máfia italiana voltada ao tráfico de mulheres para fins de exploração sexual, bem como o envolvimento no tráfico de drogas para o exterior”, disse a PF.

Os policiais buscam apreender computadores, aparelhos celulares e documentos de interesse para a investigação.

“As penas para os crimes de tráfico internacional de pessoas para fins de exploração sexual e tráfico internacional de drogas - crimes previstos nos Arts. 149-A, §1º, IV, do Código Penal e no art. 33 da Lei nº 11.343/2006, Lei de drogas - variam de 4 a 20 anos de reclusão e multa”, informou.

Formou-se em jornalismo pela PUC Minas e trabalhou como repórter do caderno de Gerais do jornal Estado de Minas. Na Itatiaia, cobre principalmente Cidades, Brasil e Mundo.