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Vôlei: Zé Roberto assume ‘culpa’ por resultado no Mundial e poupa Bergmann de críticas

Treinador da Seleção Brasileira Feminina também citou preocupação em relação às levantadoras da equipe

José Roberto Guimarães, treinador da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei, durante partida do Mundial Feminino

Zé Roberto Guimarães, treinador da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei, assumiu a “culpa” pelo resultado da equipe no Mundial Feminino de Vôlei, disputado na Tailândia. O técnico também revelou conversa com a ponteira Júlia Bergmann, criticada nas redes sociais após derrota para a Itália na semifinal da competição.

O Brasil conquistou a medalha de bronze do campeonato após vencer o Japão, por 3 a 2, nesse domingo (7).

Em entrevista ao ge, após desembarque no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, nesta terça-feira (9), Zé avaliou o desempenho da Seleção no Mundial e destacou os desafios da equipe no torneio.

“O sentimento é de orgulho. A gente vem encontrando as pessoas e todos os brasileiros elogiando o que a gente fez no Mundial. A nova geração que está aparecendo, a atitude que essas meninas tiveram durante esse tempo”, iniciou.

“A gente jogou de igual para igual contra a melhor seleção do mundo, que é a Itália, campeã olímpica. A gente esteve muito perto. Foi um jogo decidido em dois pontos. A gente perdeu o tie-break de 15 a 13 e a gente colocou a Itália numa situação difícil. E depois ganhamos do Japão, menos de 16 horas depois, tendo jogado um 3 a 2”, finalizou o treinador.

Na sequência, poupou Júlia Bergmann de críticas após a derrota para a Seleção Italiana na semifinal e assumiu a responsabilidade pelo tropeço.

“A gente conversou, e acho que é uma coisa muito particular. Na realidade, a culpa é minha. Não é Júlia Kudiess, não é Gabi. Nós tivemos 29 erros, a Itália fez 19. Nós fizemos 22 pontos de bloqueio, a Itália 12 ou 13. São coisas que acontecem. Isso faz parte do time, dessa melhora, dessa evolução, passar por esses momentos de dificuldade. Mas a culpa é sempre do treinador”, afirmou José Roberto.

Preocupação com as levantadoras

O treinador também falou sobre a preocupação com a função de levantadora na Seleção. No Mundial, Macris, de 36 anos, e Roberta, de 35, foram as convocadas.

Zé destacou que acompanha as seleções de base e está de olho na Superliga em busca de jogadoras que possam exercer a função com longevidade.

“Sempre é (uma preocupação). A gente tem algumas levantadoras que estão sendo trabalhadas no Brasil. A gente precisa ver como elas vão se encontrar agora na Superliga, como vão se desenvolver nos seus times. Falei exatamente isso com a equipe: quando a gente vem jogar fora, o nível é muito alto, os times arriscam, mas erram pouco”, começou.

“E as levantadoras, a gente precisa desse desenvolvimento, não tem jeito. Tenho acompanhado a base, algumas muito jovens, elas precisam jogar, precisam mostrar nos seus times da Superliga podem ser convocadas ou convidadas. Estamos próximos dos times de base”, revelou o técnico.

Brasil no Mundial Feminino

A Seleção Brasileira teve campanha de destaque no Mundial Feminino de Vôlei. Com seis vitórias e apenas uma derrota na competição, o Brasil conquistou a medalha de bronze do torneio.

Com o resultado, o país soma, agora, seis medalhas conquistadas no torneio - sendo quatro de prata e duas de bronze.

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Jornalista formado pelo Centro Universitário UNA. Acumula passagens pela Web Rádio Neves FM e Portal Esporte News Mundo, como setorista do América, além de possuir experiência em coberturas in-loco e podcast. Apaixonado por automobilismo e esportes americanos.