Zé Roberto Guimarães, treinador da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei, assumiu a “culpa” pelo resultado da equipe no Mundial Feminino de Vôlei, disputado na Tailândia. O técnico também revelou conversa com a ponteira Júlia Bergmann, criticada nas redes sociais
Em entrevista ao ge, após desembarque no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, nesta terça-feira (9), Zé avaliou o desempenho da Seleção no Mundial e destacou os desafios da equipe no torneio.
“O sentimento é de orgulho. A gente vem encontrando as pessoas e todos os brasileiros elogiando o que a gente fez no Mundial. A nova geração que está aparecendo, a atitude que essas meninas tiveram durante esse tempo”, iniciou.
“A gente jogou de igual para igual contra a melhor seleção do mundo, que é a Itália, campeã olímpica. A gente esteve muito perto. Foi um jogo decidido em dois pontos. A gente perdeu o tie-break de 15 a 13 e a gente colocou a Itália numa situação difícil. E depois ganhamos do Japão, menos de 16 horas depois, tendo jogado um 3 a 2”, finalizou o treinador.
Na sequência, poupou Júlia Bergmann de críticas após a derrota para a Seleção Italiana na semifinal e assumiu a responsabilidade pelo tropeço.
“A gente conversou, e acho que é uma coisa muito particular. Na realidade, a culpa é minha. Não é Júlia Kudiess, não é Gabi. Nós tivemos 29 erros, a Itália fez 19. Nós fizemos 22 pontos de bloqueio, a Itália 12 ou 13. São coisas que acontecem. Isso faz parte do time, dessa melhora, dessa evolução, passar por esses momentos de dificuldade. Mas a culpa é sempre do treinador”, afirmou José Roberto.
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Preocupação com as levantadoras
O treinador também falou sobre a preocupação com a função de levantadora na Seleção. No Mundial, Macris, de 36 anos, e Roberta, de 35, foram as convocadas.
Zé destacou que acompanha as seleções de base e está de olho na Superliga em busca de jogadoras que possam exercer a função com longevidade.
“Sempre é (uma preocupação). A gente tem algumas levantadoras que estão sendo trabalhadas no Brasil. A gente precisa ver como elas vão se encontrar agora na Superliga, como vão se desenvolver nos seus times. Falei exatamente isso com a equipe: quando a gente vem jogar fora, o nível é muito alto, os times arriscam, mas erram pouco”, começou.
“E as levantadoras, a gente precisa desse desenvolvimento, não tem jeito. Tenho acompanhado a base, algumas muito jovens, elas precisam jogar, precisam mostrar nos seus times da Superliga podem ser convocadas ou convidadas. Estamos próximos dos times de base”, revelou o técnico.
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Brasil no Mundial Feminino
A Seleção Brasileira teve campanha de destaque no Mundial Feminino de Vôlei. Com seis vitórias e apenas uma derrota na competição, o Brasil conquistou a medalha de bronze do torneio.
Com o resultado, o país soma, agora, seis medalhas conquistadas no torneio - sendo quatro de prata e duas de bronze.