A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) se pronunciou, nesta sexta-feira (3), sobre possível criação de uma Liga Independente da modalidade.
Segundo o Blog do Voloch, 21 dos 24 clubes que disputam a Superliga nos naipes feminino e masculino buscam viabilizar uma nova liga sem a interferência da CBV. A publicação aponta que o objetivo é mudar o formato do torneio, acabar com a exclusividade da Rede Globo nos direitos de transmissão e abrir propriedades comerciais.
A publicação também aponta que o Banco XP seria um dos parceiros da nova liga, e os clubes receberiam entre R$ 2 e 4 milhões por temporada. É cogitado um possível aporte na competição estimado em R$ 60 milhões.
Em nota, a CBV afirma ter relação de diálogo e parceria com os clubes e se disse aberta a discutir propostas que visem a evolução da
Adiante, a entidade cita a criação da Comissão de Clubes, em 2024, como órgão responsável por debater melhorias na competição.
“O regulamento técnico da competição é anualmente debatido e aprovado por todas as equipes e, em 2024, foi criada a Comissão de Clubes, que analisa temas relacionados ao desenvolvimento técnico, marketing, comunicação e atendimento ao público”, diz trecho da nota.
CBV revela contato com investidores
Em seguida, a CBV revelou que, na última reunião com os participantes da edição 2025/2026 da Superliga, informou aos clubes que a entidade tem se reunido com investidores interessados na competição. Adiante, cita que todas as propostas serão enviadas para a análise da Comissão de Clubes antes de deliberação final da própria CBV.
“Nesse contexto, na última reunião com os participantes da edição 25/26, realizada no Rio de Janeiro entre os dias 12 e 14 de agosto, foi informado aos clubes que a CBV tem se reunido com investidores interessados na competição, e que todas as propostas recebidas serão previamente submetidas para análise da Comissão de Clubes, antes da deliberação final da CBV”, destaca a entidade em outro trecho da nota.
Em outro trecho, a confederação destaca que na mesma reunião apresentou como foram destinados os recursos ao longo da última edição da Superliga. A CBV aponta um investimento na ordem de R$ 17 milhões para a realização do torneio.
“Nessa mesma reunião também foram apresentados, de forma transparente e objetiva, todos os recursos aplicados e benefícios distribuídos ao logo da última edição do campeonato. É importante esclarecer que a CBV faz investimentos permanentes na Superliga em prol de sua evolução como competição e como produto, levando em consideração as trocas e debates com os clubes e um estudo diagnóstico contratado junto à empresa Ernst & Young (EY)”, começa.
“Os benefícios para os 24 clubes são oferecidos através de repasses, isenções de taxas, reembolsos, premiações, logística de viagens e organização. Em diversas competições, grande parte dessas despesas cabe aos clubes e, na Superliga, esses custos são absorvidos pela CBV desonerando as equipes e permitindo que sejam realizados mais investimentos nas formações de elencos e na preparação das equipes”, continua a CBV.
“Encerrado o campeonato, a CBV apurou um custo aproximado de R$ 17 milhões na Superliga 24/25. O valor arrecadado com os direitos de transmissão, somado a outros valores de patrocínio, foi investido nos custos do evento e em benefícios para os clubes”, finaliza.
Por fim, a entidade reafirma estar aberta para propostas de melhoria da competição e das condições de preparações dos clubes.
“Assim sendo, a CBV, cumprindo seu compromisso no desenvolvimento da modalidade e do apoio e diálogo com clubes e atletas, segue aberta para receber propostas, sugestões e críticas que de fato possam melhorar as condições de preparação dos clubes e de organização dessa e de outras competições promovidas pela entidade, e que sejam benéficas para o desenvolvimento e a evolução do voleibol brasileiro e de todo o seu ecossistema”, encerra a nota.
Veja a nota da CBV na íntegra
“Diante das recentes notícias veiculadas na imprensa sobre a criação de uma Liga Independente e os valores de premiação da Superliga, a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) esclarece algumas informações.
A CBV tem uma relação de diálogo e parceria com os clubes que participam da competição e está sempre aberta a discutir propostas e diferentes formatos que visem a evolução da Superliga.
O regulamento técnico da competição é anualmente debatido e aprovado por todas as equipes e, em 2024, foi criada a Comissão de Clubes, que analisa temas relacionados ao desenvolvimento técnico, marketing, comunicação e atendimento ao público.
Nesse contexto, na última reunião com os participantes da edição 25/26, realizada no Rio de Janeiro entre os dias 12 e 14 de agosto, foi informado aos clubes que a CBV tem se reunido com investidores interessados na competição, e que todas as propostas recebidas serão previamente submetidas para análise da Comissão de Clubes, antes da deliberação final da CBV.
Nessa mesma reunião também foram apresentados, de forma transparente e objetiva, todos os recursos aplicados e benefícios distribuídos ao logo da última edição do campeonato. É importante esclarecer que a CBV faz investimentos permanentes na Superliga em prol de sua evolução como competição e como produto, levando em consideração as trocas e debates com os clubes e um estudo diagnóstico contratado junto à empresa Ernst & Young (EY).
Os benefícios para os 24 clubes são oferecidos através de repasses, isenções de taxas, reembolsos, premiações, logística de viagens e organização. Em diversas competições, grande parte dessas despesas cabe aos clubes e, na Superliga, esses custos são absorvidos pela CBV desonerando as equipes e permitindo que sejam realizados mais investimentos nas formações de elencos e na preparação das equipes.
Na edição 24/25 da Superliga, a CBV repassou R$ 1 milhão e 536 mil aos participantes, ofertados como ajuda de custo para o campeonato, mas além disso, entregou aos clubes e à competição:
A aquisição e impostos pagos para seis novos equipamentos de desafio e softwares, além da conversão de 12 já existentes, no valor de cerca de R$ 3 milhões 182 mil. Hoje a CBV possui 18 equipamentos de desafio.
Desde 2024, a CBV assumiu todo o custo operacional e logístico do sistema de desafio nas partidas, que antes era de responsabilidade dos clubes, somando R$ 1 milhão e 36 mil.
Foram investidos mais R$ 319 mil para viabilizar o uso do sistema de súmulas eletrônicas e estatística dos jogos, publicadas no site da CBV em tempo real.
Na fase classificatória foram emitidas passagens aéreas para as 24 equipes, em 264 jogos, por meio do acordo da CBV com o Comitê Brasileiro de Clubes (CBC). Para viabilizar essa operação, a CBV teve um custo adicional de R$ 910 mil, reembolsando aos clubes a taxa de anuidade paga por eles ao CBC.
Já para a fase dos playoffs, coube à CBV arcar com todo o custo de transporte aéreo e terrestre das 16 equipes para os 29 jogos, com um investimento de R$ 2 milhões e 363 mil.
A CBV também isentou todos os clubes das taxas de arbitragem. Sendo que para a implementação da arbitragem neutra foram investidos cerca de R$ 2 milhões para cobrir os custos com remuneração, alimentação, transporte e hospedagem dos árbitros nos 293 jogos da competição.
Outro investimento da CBV foi no custeio dos delegados técnicos e montadores de quadra nos ginásios de 20 cidades ao longo de toda a competição com o custo somado de R$ 647 mil.
Para a manutenção e melhorias do site, operação do Fantasy Game e redes sociais da Superliga foram investidos R$ 414 mil. E para produção dos jogos para transmissão pela internet mais R$ 615 mil.
Ao final da competição, a CBV ainda distribuiu o valor de R$ 1 milhão e 328 mil em bônus de performance, conforme a colocação de cada clube.”