Bicampeã olímpica de vôlei com o Brasil, a ex-oposta Sheilla Castro avaliou o momento da Seleção Brasileira Feminina e demonstrou otimismo em relação aos próximos ciclos.
Em entrevista ao Basticast, que foi ao ar no último domingo (21), a ex-atleta destacou o bom desempenho da equipe nacional contra a Itália na semifinal do Mundial de Vôlei, apesar da derrota no tie-break.
“A nossa Seleção tá batendo na trave, mas vai chegar a hora do ouro, elas querem muito isso e elas tem trabalhado muito. São detalhes. Eu, sinceramente, nesse último jogo contra a Itália, eu nunca vi um time jogar melhor e perder, inclusive na estatística. No tiebreak, a gente deu umas vaciladas, mas a gente parou as duas opostas incríveis (Paola Egonu e Antropova)”, analisou a ex-oposta.
Apesar da sequência de medalhas de prata, a multicampeã acredita no amadurecimento da equipe e confia que o ouro virá na Olimpíada de Los Angeles 2028.
“Para 2028, eu acho que o Brasil está criando cada vez mais essa casca dura que precisa ter, e eu acredito muito que a gente possa ganhar”, declarou.
‘Seca’ da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei
Apesar das boas campanhas recentes e de ocupar a 2ª colocação no ranking de seleções da Federação Internacional de Vôlei (FIVB), a Seleção Feminina vive uma ‘seca’ de títulos.
A última medalha de ouro conquistada pelo Brasil foi no Campeonato Sul-Americano de 2023. A equipe ‘bateu na trave’ em todas as grandes competições disputadas nos últimos anos.
O último ouro olímpico foi em Londres 2012. Desde então, a equipe caiu nas quartas de final no Rio 2016, ficou com a prata em Tóquio 2020 e com o bronze em Paris 2024.
Em Mundiais, a equipe nacional ficou com a medalha de prata em 2022 e com o bronze em 2025.
Já na Liga das Nações, a equipe subiu ao pódio quatro vezes nos últimos sete anos, mas sempre como vice-campeã (2019, 2021, 2022 e 2025).
Sheilla Castro
Sheilla Castro, de 42 anos, é um dos principais nomes do vôlei brasileiro. A ex-oposta foi bicampeã olímpica (Pequim 2008 e Londres 2012), além de diversos títulos de Grand Prix, Copa dos Campeões e Pan-Americano.
Revelada pelo Mackenzie, a atleta defendeu Minas, Scavolini-ITA, São Caetano, Unilever, Osasco e Vakifbank-TUR. Pelos clubes, foi igualmente multicampeã.