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Veja quais países já compraram os direitos de transmissão da Copa de 2026

Fifa vendeu por enquanto a 52 territórios, mas espera bater o recorde de 225 obtido no Catar; Globo adquiriu no Brasil, mas sem exclusividade

A menos de três anos para a Copa do Mundo masculina, a Fifa negociou os direitos de transmissão a 52 países, segundo documento enviado pela entidade a membros do Conselho. O torneio será disputado entre junho e julho de 2026 na América do Norte, com EUA, México e Canadá como anfitriões.

O relatório, de 15 de setembro, diz que o número é otimista e que o objetivo é quebrar o recorde obtido no Catar, em 2022, quando 225 territórios assistiram ao vivo e com imagens o Mundial, superando os 223 da Copa de 2014, no Brasil.

Empresas de grandes mercados na Europa, como França, Inglaterra, Espanha, Alemanha, Itália e Portugal ainda estão me negociação. O mesmo ocorre na Ásia, com China, Japão e Coreia do Sul. Nos EUA, os direitos já foram vendidos em acordo bilionário à Fox e também à Telemundo, que transmitirá a competição em espanhol para a comunidade latina.

Com novas plataformas, a Fifa tem repartido os direitos em algumas negociações, e muitas empresas que antes fechavam acordos de exclusividade têm comprado apenas parte do evento. Caso, por exemplo, do Grupo Globo no Brasil.

Como será no Brasil

A direção da Globo revelou em julho que, por contrato, só poderá transmitir metade dos jogos da próxima Copa masculina. O modelo é o mesmo que foi usado para a feminina, que terminou em 20 de julho na Austrália e na Nova Zelândia.

E o limite vale para todas as plataformas: aberta, fechada (SporTV), internet (ge.com) e streaming (Globoplay). Em 2026, a emissora terá direito a transmitir 52 dos 104 confrontos - será a primeira edição com 48 participantes, portanto terá mais partidas do que, por exemplo, o Catar-2022, em novembro e dezembro passados, que teve o total de 64.

Não ter direito a todos os jogos da Copa masculina é, para a Globo, algo que não ocorre pelo menos desde o Mundial de 1982, na Espanha. No Catar-2022, a emissora transmitiu na TV aberta 56 dos 64 eventos, e isso porque os oito que ficaram de fora foram realizados no mesmo horário daqueles que passaram, na finalização dos grupos quando a Fifa opta por marcar partidas simultâneas.

Mas no SporTV, no ge.com e na Globoplay todas as partidas tiveram transmissão. Neste último Mundial a Fifa também, pela primeira vez na história, passou os jogos da Copa em seu canal de streaming, o Fifa+, que havia estreado alguns meses antes, em abril de 2022.

O contrato que a Globo fez com a Fifa a partir de 2023 não dá exclusividade em nenhuma competição, ou seja, a entidade e parceiros podem negociar os torneios para outras empresas e para qualquer plataforma, inclusive TV aberta.

A Globo terá todas as partidas da Seleção Brasileira e poderá escolher os outros confrontos que quiser, como fez na feminina. Outras empresas que fecharem poderão optar pelos mesmos confrontos, ou outros de livre escolha.

E a Fifa sempre pode optar por passar os encontros em seu canal de streaming, o Fifa+, ou em redes sociais de parceiros como a Cazé TV, o canal do streamer Casimiro Miguel.

Os países que já compraram os direitos para a Copa do Mundo de 2026

Américas

  • Argentina

  • Bolívia

  • Brasil (Globo)

  • Canadá

  • Chile

  • Colômbia

  • Costa Rica

  • Equador

  • El Salvador

  • Guatemala

  • Honduras

  • México

  • Nicarágua

  • Panamá

  • Paraguai

  • Peru

  • Porto Rico

  • Uruguai

  • EUA

  • Venezuela

Ásia

  • Bahrein

  • Irã

  • Iraque

  • Jordânia

  • Kuwait

  • Líbano

  • Omã

  • Palestina

  • Catar

  • Arábia Saudita

  • Síria

  • Emirados Árabes Unidos

  • Iêmen

África

  • Argélia

  • Comores

  • Djibouti

  • Egito

  • Líbia

  • Mauritânia

  • Marrocos

  • Somália

  • Sudão do Sul

  • Sudão

  • Tunísia

Europa

  • Dinamarca

  • Ilhas Faroé

  • Finlândia

  • Groenlândia

  • Noruega

  • Polônia

  • Suécia

Oceania

  • Samoa Americana

Formado em jornalismo pela PUC-Campinas em 2000, trabalhou como repórter e editor no Diário Lance, como repórter no GE.com, Jornal da Tarde (Estadão), Portal IG, como repórter e colunista (Painel FC) na Folha de S. Paulo e manteve uma coluna no portal UOL. Cobriu in loco três Copas do Mundo, quatro Copas América, uma Olimpíada, Pan-Americano, Copa das Confederações, Mundial de Clubes, Eliminatórias e finais de diversos campeonatos.
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