Rafa Câmara detalha preparação para Fórmula 2 e faz comparação com carro da F3

Piloto brasileiro, integrante da Academia de Pilotos da Ferrari, guiará pela Invicta Racing em 2026

Rafa Câmara, piloto brasileiro, em pódio na etapa da Hungria da Fórmula 3

Rafa Câmara, piloto brasileiro campeão da Fórmula 3 em 2025, detalhou como tem se preparado para a Fórmula 2 na próxima temporada. O pernambucano de 20 anos guiará pela Invicta Racing em 2026 na divisão de acesso à F1.

O jovem piloto revelou que tem se preparado para o próximo desafio da carreira desde o fim da F3 em setembro. Adiante, Rafa contou que busca se esforçar mais que o necessário para conseguir adquirir condicionamento físico de maneira mais rápida.

“Acho que sempre tenho me preparado o suficiente para as categorias. A Fórmula 2, agora, com o treino, eu vi que é mais pesada. Então, desde que eu terminei a Fórmula 3, tenho me preparado para a Fórmula 2. Acho que tenho me preparado bem. Tento me cansar um pouco mais que o normal no primeiro treino e depois, pegando o costume, me sinto até um pouco mais tenso, fazendo mais força do que deve e depois fica mais tranquilo”, destacou o brasileiro em entrevista à ge tv.

Na sequência, Câmara citou a possibilidade de guiar um carro da Fórmula 1 em treinos livres na próxima temporada e expôs que tem se preparado fisicamente para isso.

“Até mesmo com a academia da Ferrari, eu sempre faço, estou me exercitando lá na academia em Maranello e fazendo minha preparação física. E também me preparando caso tenha alguma possibilidade na Fórmula 1 em algum treino para não cansar e ser capaz de dirigir o carro durante o treino. Fico me preparando por todo este tempo, até começar na Austrália, em março (na F2), eu estarei me preparando para ficar pronto”, afirmou.

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Comparação entre carros da F2 e F3

À frente, Rafa Câmara comparou os carros da Fórmula 2 e Fórmula 3 e destacou as principais diferenças. Para o piloto, um ponto de atenção é a obrigatoriedade de uma parada no pit stop ao longo das provas - algo que não era necessário na F3.

“Na Fórmula 2 acaba tendo o pit stop, então rola um pouco mais de estratégia. Em relação ao carro, tem os freios de carbono. Então, isso muda um pouco como você faz a preparação dele para a volta. Porque, às vezes, você acaba não colocando ele na temperatura (ideal) e acaba não tendo a eficiência do freio na volta de qualy ou do treino”, iniciou.

“Acabei fazendo um treino de Fórmula 2, com um carro da geração passada. Foi legal sentir um carro mais pesado. Nas curvas não muda tanto a velocidade, mas você consegue sentir bem que ele não aceita tanto (erro) quanto o Fórmula 3. O Fórmula 3 acaba sendo mais arisco, mais leve, então você consegue ser um pouco mais agressivo”, continuou Rafa.

“Já na Fórmula 2, você tem que ser mais limpinho, mais tranquilo, porque o carro não aceita ‘desaforo’ por ele ser mais pesado. E nas corridas, são as estratégias de pit stop. Acho que vai ser mais tranquila a adaptação”, encerrou o piloto pernambucano.

Jornalista formado pelo Centro Universitário UNA. Acumula passagens pela Web Rádio Neves FM e Portal Esporte News Mundo, como setorista do América, além de possuir experiência em coberturas in-loco e podcast. Apaixonado por automobilismo e esportes americanos.

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