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Obras no CT, CCF e Enderson: executivo detalha avanços na base do Sport

Executivo de futebol de base do Sport, Rafael Fernandes, comemorou avanços no Centro de Treinamento do clube

Rafael Fernandes (centro) ao lado do presidente Yuri Romão (esquerda) e do técnico Enderson Moreira

Desde o início deste ano, o Sport tem realizado uma série de aprimoramentos no Centro de Treinamento José de Andrade Médicis. O clube não divulga o investimento total realizado no espaço de 8,4 hectares, que fica a 25 quilômetros da Ilha do Retiro. Mas, apenas na obra um dos cinco campos, que vai passar por uma transformação para a implantação do gramado sintético, serão aplicados R$ 3,5 milhões.

A reportagem da Itatiaia conversou com o executivo de futebol da base do Sport, Rafael Fernandes, para saber mais do trabalho que o clube vem realizando relativamente às questões estruturais do seu CT. Para além das obras previstas nos três gramados da base, o clube também realizou uma série ajustes para atender a todos os requisitos basilares solicitados pela CBF a fim de recuperar o Certificado de Clube Formador (CCF).

O Leão investiu em reforma nos quartos, compra de ar-condicionados - só nestes aparelhos foram mais R$ 60 mil -, novas camas, numa nova área de lazer, além de contratação de mão de obra especializada requerida pela CBF e participações em mais competições: com técnicos e preparadores físicos exclusivos; participação em competições oficiais; assistência médica e educacional; além de laudos técnicos do Corpo de Bombeiros, Vigilância Sanitária e alvará para uso do alojamento.

De acordo com Rafael Fernandes, apenas uma pendência burocrática separa o clube do certificado, perdido pelo Leão há três anos. “Estamos imbuídos nesse processo do CCF, é uma das prioridades da gestão. Desde a minha chegada é a missão número 1. Para adquiri-lo são inúmeros documentos, processos para superar as exigências, cumprimos tudo e ficou uma pendência na Prefeitura do Recife, por uma inconformidade com o CNPJ”, explicou.

“Foi um detalhe burocrático com a Prefeitura. O nosso corpo jurídico está solucionando isso. Já está resolvido, na verdade. E, agora, só falta a Prefeitura atualizar no sistema e enviarmos para a CBF. Estando com o alvará atualizado, enviamos para a CBF e recebemos o certificado”, detalhou o Fernandes, que é gaúcho e chegou ao Sport por indicação do executivo do profissional, Jorge Andrade, também do Rio Grande do Sul.

Aos 40 anos, Rafael Fernandes acumula experiência em trabalhos nas divisões de base e tem no currículo passagens por clubes como Internacional, Figueirense, Ferroviária, ABC, Vila Nova e Juventude – sua última equipe.

Gramado sintético

O Sport está realizando obras nos três campos utilizados pela base: o 2, 3 e o 5. “Estamos reformando o campo 2, falta questão 5 metros quadrados. Daqui a mais um mês está pronto para uso e depois partimos para o 3. Trocamos toda a grama”, explicou Rafael Fernandes.

A mudança maior, entretanto, será no campo o 5, que receberá o gramado sintético. “Para a base, estipulamos que queríamos um sintético porque temos quatro categorias trabalhando conosco, mais os trabalhos de avaliação que estamos fortes. E deixar a grama natural para trabalhar de manhã e a tarde com esse clima de chuva desgasta muito. Não tem campo que aguente”, disse o executivo.

“Não sustenta o nível que queremos colocar. Conseguimos avançar no gramado sintético, terminamos de ajustar o contrato com a fornecedora e esta semana já começamos as obras por 60 a 70 dias”, acrescentou.

Em contato com o presidente do clube, Yuri Romão, entusiasta das obras no centro de treinamento, a nossa reportagem questionou se a implantação do gramado sintético seria uma espécie de “teste” para o que será realizado na Ilha do Retiro, mas o mandatário negou.

“Há uma necessidade grande em relação a investimento e infraestrutura, não só no CT, mas na Ilha do Retiro. Você sabe que o Recife tem um índice pluviométrico grande. Esse período de chuva desgasta muito o gramado, tendo em vista que temos muitas categorias de base, sub-15, 17, 19... Então, chegou-se a conclusão que seria interessante termos pelo menos um grama oficial até porque quando fizemos a última viagem à Itália quase todos os jogos que fizemos tinha gramado artificial e o nosso elenco sentiu muito a diferente. É mais um componente quenos fez tomar a decisão. É um investimento alto, não é trivial, mas que o nome está dizendo: é um investimento”, afirmou.

Sobre esse “investimento”, pode-se dizer que o retorno tem sido positivo. Apenas no ano passado,o Sport faturou mais de R$ 25 milhões com as vendas dos pratas da casa Mikael, Gustavo e Mailson.

Relação com Enderson Moreira

Outro ponto destacado por Rafael Fernandes é a influência do técnico Enderson Moreira no trabalho das divisões de base do Sport. De acordo com o executivo, já uma grande abertura para o diálogo entre o profissional e a base, estando o treinador, com muitos anos de experiência nas categorias inferiores, sempre atento aos trabalhos dos mais jovens.

“Essa abertura com o Jorge [Andrade] e com o Enderson [Moreira] é escancarada. Uma relação muito sadia. Enderson acompanha bastante. Por isso é legal a base e o profissional trabalharem no CT nos mesmos horários. Ele passa, acompanha, todos os dias está presente. Vê o que está acontecendo, trocamos ideias”, disse o executivo da base.

“A gente está numa sintonia muito bacana, quem tem a ganhar é só o clube. A gente troca muita ideia de jogadores subindo, do próprio Fábio Matheus que houve uma costura da Copa São Paulo. Eu vinha em contato com o Jorge e avisando que o Fábio ia bem. Juan Xavier, o Lucas também… A gente vem costurando isso ao longo do tempo”, comemorou Rafael Fernandes.

Jornalista, natural do Recife, é atualmente correspondente do portal Itatiaia Esporte na região Nordeste. Com mais de uma década de experiência no jornalismo esportivo, tem passagens pela Folha de Pernambuco, Diario de Pernambuco, Superesportes e NE45. Em Portugal, trabalhou por O Jogo e Sport Magazine.