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Sport fecha contrato com escritório e mira início das obras na Ilha do Retiro

Presidente do clube, Yuri Romão, afirmou que o Sport fechou com o escritório JCL Arquitetos e espera interditar o estádio ao fim da Série B; obra está orçada, inicialmente, em R$ 150 milhões

Estádio do Sport, a Ilha do Retiro passará por reformas

A Ilha do Retiro como ela é hoje estará à disposição da torcida do Sport e do público, ao que tudo indica, somente até o final da Série B do Campeonato Brasileiro deste ano. Após o jogo com o Sampaio Corrêa, em 24 de novembro, a expectativa é que o estádio seja fechado para obras. O equipamento passará pelo chamado “retrofit” - termo utilizado na engenharia para a revitalização de construções antigas, com a modernização paralela à preservação da arquitetura original.

O destino da Ilha do Retiro, estádio inaugurado em 1937, estará nas mãos do arquiteto Jerônimo da Cunha Lima Filho, da JCL Arquitetura, escritório contratado pelo Sport para a realização do projeto. Inicialmente, o desenho seria feito pela Pontual Arquitetura, porém, o clube optou pela troca por uma questão de celeridade da obra.

“Realmente tivemos uma excelente reunião com o Carlos Fernando Pontual, ele foi o responsável pelo outro projeto que aprovamos, acho que 2012, para a construção da Arena Ilha, ou seja, conhece bem aquele espaço. Mas, segundo ele conversou conosco, estava sem condições de dar o andamento no mesmo ritmo que a gente precisa. Pretendo que já no intervalo deste ano e do próximo ‘tapumar’ [interditar] o estádio”, explicou Yuri Romão.

Em seguida, o Sport buscou o Jerônimo da Cunha, “um baita arquiteto também”, reforçou Romão, para avançar com o projeto. “Ele já está trabalhando e, por esses dias, vai nos apresentar um esboço de como vai ficar essa primeira fase da reforma”, disse o presidente do clube.

O projeto deverá transformar o estádio rubro-negro no que Romão chamou de “miniarena”, com uma capacidade de aproximadamente 30 mil torcedores. A estimativa é que as obras, incluindo a troca total do gramado (com o possível rebaixamento do solo) e da sua drenagem, gire em torno de R$ 150 milhões.

Além disso, a obra prevê a colocação de cadeiras em todos os setores do estádio; troca da iluminação; além da melhoria de acessibilidade ao estádio - fato este que é atualmente o principal limitador do estádio, que está impedido de receber a sua capacidade máxima.

“A ideia fazer o projeto completo, mas a obra será ‘faseada’. Vai depender da questão financeira, que fique bem claro isso de início para o torcedor”, alertou Yuri Romão. As fases da obra, entretanto, só serão explicadas com o projeto concluído.

Vale lembrar que após pronto, o projeto precisará receber o aval da Prefeitura do Recife, atendendo às solicitações do Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU). Uma nova batalha burocrática pela frente - vale lembrar que em 2014, o clube conseguiu o aval da Prefeitura, antes do declínio com um projeto anterior.

Arena de Pernambuco em vista

Ainda não se tem em vista o prazo para que a Ilha do Retiro volte a funcionar após a reforma. O que se sabe, por ora, é que a tendência é que o clube passe a mandar os seus jogos na Arena de Pernambuco.

"É inevitável [ter que jogar na Arena]. Vou jogar onde enquanto estiver em obra?”, questionou Yuri Romão, que complementou afirmando que tem conversa com amigos próximos ligados ao Governo do Estado para que, adiante, quando o projeto estiver pronto, o Sport possa conversar formalmente com a administração do estádio estatal.

Jornalista, natural do Recife, é atualmente correspondente do portal Itatiaia Esporte na região Nordeste. Com mais de uma década de experiência no jornalismo esportivo, tem passagens pela Folha de Pernambuco, Diario de Pernambuco, Superesportes e NE45. Em Portugal, trabalhou por O Jogo e Sport Magazine.