Com olhar abatido após a perda da Copa do Nordeste, na noite desta quarta-feira (3), diante da torcida, na Ilha do Retiro, o técnico Enderson Moreira admitiu: queria desaparecer após o revés com o Ceará. Com o semblante natural de quem deixou escapar entre os dedos o título nos pênaltis, o treinador aproveitou o momento para falar de pressão e saúde mental.
“O sentimento que tem num momento desse… Se eu pudesse desaparecer muito, desaparecia. Futebol cobra um peso muito forte do treinador. Tenho passado nos últimos anos com a saúde mental sendo cobrada muito fortemente. Vocês não têm ideia como pressão mina a gente”, afirmou.
“O meu sentimento? Vontade de ver outras coisas. É um preço desumano que o futebol faz nesse país para quem quer ser sério, porque eu não sou vagabundo, tento fazer trabalho melhor forma possível, valorizo os atletas que estão comigo, não fico aqui dizendo ‘ah, preciso de jogador’, nunca falei isso em clube nenhum”, acrescentou.
Focado em dar a volta por cima, apesar da frustração de momento, o técnico do Sport destacou que espera no final do ano estar comemorando o acesso à Série B.
O Leão volta a trabalhar na sexta-feira (7), com foco no jogo contra o Guarani, no domingo (7), às 19h, pela quarta rodada do Brasileiro, novamente na Ilha do Retiro.