Visivelmente angustiado para desabafar sobre o tema, o técnico Enderson Moreira, do Sport, sequer precisou ser questionado para tomar a inciativa para falar sobre um assunto que dominou os noticiários do clube no dia anterior: a presença do lateral-esquerdo Igor Cariús entre os presentes na Operação Penalidade Máxima II, que investiga suspeitas de manipulação de resultados no futebol brasileiro.
“Estamos passando processo investigação. Os atletas que têm defendido muito bem, cada um o seu espaço, estão sendo crucificados, com foto aparecendo em todo lugar, sendo tratados como marginais. Há indícios de alguma coisa e ninguém sabe o que é", afirmou o técnico ao final do jogo em Fortaleza.
“O fato de alguém oferecer algo não quer dizer estou concordando com aquilo nem que faço parte. Passamos de ontem para hoje de algo que me deixou muito assustado. A coisa passa coisa, a pessoa é absolvida e às vezes ninguém nem lembra. Acho que nesse Brasil a gente tem vocação para valorizar muito as coisas que são péssimas”, acrescentou.
O Ministério Público de Goiás (MPGO), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI), cumpriu um mandato de busca e apreensão contra o jogador do Leão.
“Estamos passando por um momento complicado de ontem para hoje. Se por acaso há alguma culpabilidade, que façam o que é necessário para estancar isso de uma vez qualquer tipo de dúvidas, mas enquanto isso não podemos tomar uma atitude dessa. É a família que está sofrendo. Foi muito sofrido para mim também, fico chateado com injustiça”, afirmou Enderson Moreira.
Além de Cariús,