Mesmo depois de terminar a competição na 17ª colocação, com 19 pontos, o Sampaio Corrêa tenta se livrar do rebaixamento da Série C do Campeonato Brasileiro. Na última semana, o clube maranhense protocolou uma Notícia de Infração no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) alegando que o Caxias-RS escalou um jogador irregular ao longo do torneio.
O clube gaúcho terminou a primeira fase na 15ª posição, com 21 pontos. Caso seja punido com perda de pontos pelo STJD, portanto, será rebaixado.
Em contato com a Itatiaia, o STJD informou que o caso é analisado pela Procuradoria do órgão. Não há prazo para definir se ele será arquivado ou se haverá denúncia. Neste último contexto, o processo será julgado pelo tribunal.
Quem é o jogador?
O Caxias-RS é acusado de ter escalado de forma irregular o lateral-direito Yuri Ferraz, de 29 anos. Antes de chegar ao clube gaúcho, ele disputou quatro jogos pelo ABC na Série C, contra Ferroviária-SP, Londrina, Athletic-MG e Ferroviário-CE.
Um erro de arbitragem, porém, não colocou o nome dele na súmula do duelo contra o Athletic. O defensor entrou no jogo aos 32 minutos do segundo tempo.
Ocorre que o regulamento da Terceira Divisão prevê que um atleta não pode atuar por outro clube na competição se já tiver feito mais de três partidas por uma equipe. Ou seja, Yuri teria ultrapassado o limite estabelecido pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
O que diz o CBJD
O artigo 214 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) fala sobre “incluir na equipe, ou fazer constar da súmula ou documento equivalente, atleta em situação irregular para participar de partida, prova ou equivalente”.
A pena prevista para o clube que incorrer nesse artigo é de “perda do número máximo de pontos atribuídos a uma vitória no regulamento da competição, independentemente do resultado da partida, prova ou equivalente, e multa de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais)”.
Posição do Caxias
À reportagem, o Caxias informou que não emitiu um comunicado oficial sobre o assunto porque não recebeu nenhum tipo de contato do STJD. Se houver, o jurídico deve se manifestar.
O clube se diz “tranquilo” porque entende que fez sua parte, consultando os documentos oficiais das partidas e agindo na “boa fé".