Rodrigo Caetano, coordenador executivo geral das Seleções Masculinas da CBF, valorizou o profissionalismo de Carlo Ancelotti, novo treinador da
Caetano revelou que houve uma força tarefa montada pela alta cúpula da Seleção Brasileira para trazer Carletto. Ele e Juan, coordenador técnico da seleção, foram até Madrid para mostrar ao treinador como funcionam os processos no país.
“O valor de um profissional é justamente esse. Que as discussões e as questões políticas estejam no âmbito político e nós, profissionais, no âmbito profissional. Foi isso que a gente tentou fazer até aqui, transmitindo ao próprio Ancelotti a tranquilidade, tanto na antiga gestão como na nova, de que todos os compromissos assumidos seriam cumpridos”.
O processo contou com uma dificuldade ainda maior, que foi o caos político instaurado na CBF. A sensação de instabilidade poderia melar o acordo. Por isso, os profissionais tiveram que agir.
“Eu acho que é justamente isso que comprova a necessidade de uma instituição como a CBF ter profissionais. Durante todo esse período de transição, da saída do ex-presidente para a chegada do novo, nós seguimos trabalhando normalmente, fazendo as nossas observações, constituindo também uma relação com o novo treinador. Passamos todo esse período abastecendo o Carlo Ancelotti com informações. Eu acho que é para isso que realmente a gente existe. Somos profissionais e completamente apartados de qualquer discussão política”, contou o dirigente.
Rodrigo Caetano em entrevista ao CNN Esportes S/A
Caetano assumiu o cargo de diretor de seleções em fevereiro de 2024, na mesma época da contratação de Dorival Júnior.
Sua função na CBF é ser o homem forte da Seleção Masculina nos bastidores e trabalhar junto da comissão técnica. Caetano substituiu Juninho Paulista.
Mantido após a saída do antigo treinador, ele recebeu o respaldo de Samir Xaud, novo presidente da CBF.
“O valor de um profissional é justamente esse. Que as discussões e as questões políticas estejam no âmbito político e nós, profissionais, no âmbito profissional. Foi isso que a gente tentou fazer até aqui, transmitindo ao próprio Ancelotti a tranquilidade, tanto na antiga gestão como na nova, de que todos os compromissos assumidos seriam cumpridos” acrescentou.
Nesse sentido, Caetano entende que houve um final feliz nessa história toda. Treinar a Seleção Brasileira é um objetivo do europeu.
“Ele chegou de forma extremamente empolgada, motivada e, principalmente, entendendo a responsabilidade de treinar uma Seleção Brasileira. É um sonho dele na carreira — uma carreira extremamente vitoriosa — e, segundo ele, só faltava isso
Ancelotti: bom profissional e boa pessoa
Rodrigo Caetano rasgou elogios ao novo comandante da Amarelinha. O coordenador destacou que um diferenciais que o italiano tem é a capacidade de se conectar com os jogadores e com os profissionais envolvidos no futebol.
“Essa relação interpessoal dele não é só com os jogadores, mas com todo o grupo de trabalho. Todas as pessoas se impressionaram positivamente em relação a isso. Porque é um cara muito grande, com muitas conquistas, mas o nível de humildade dele não deixa o fato dele ter a autoridade. Ele protege os atletas publicamente, ao mesmo tempo tem a cobrança do jeito dele e a forma dele ver futebol também. Então, não se resume somente na relação dele para com os atletas, mas sim com o torcedor”, exaltou.
Além disso, ele entende que a figura humilde e agregadora do italiano reflete os títulos que ele conquistou durante a carreira.
“Normalmente, o cara que é bom, o cara que é grande, é o mais humilde e o mais simples. Aqueles que muitas vezes não estão no topo da cadeia é quem, às vezes, nos causam problemas. E o Ancelotti é um exemplo disso. Por todas as conquistas dele, é um grande cidadão — além de um grande profissional”, finalizou.
Ancelotti comanda o Brasil já neste mês de junho. A Seleção enfrentará Equador e Paraguai, nos dia 5 e 10 de junho, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.
O italiano tem a missão de classificar a equipe para o mundial. Neste momento, o time brasileiro tem 21 pontos, na quarta colocação. Paraguai e Colômbia tem 21 e 20 respectivamente, na quinta e sexta.