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Presidente do Fluminense mostra surpresa com demissão de Diniz da Seleção

Mário Bittencourt disse que não havia acordo com Ednaldo Rodrigues de interromper antes o contrato, que iria até junho de 2024

Diniz fez seis jogos como treinador da Seleção Brasileira

O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, se mostrou surpreso com a demissão de Fernando Diniz do cargo de treinador da Seleção Brasileira. No início de julho de 2023 a CBF fez um acordo com o clube carioca, que o liberou para dividir as funções no Tricolor e na Seleção.

Na sexta-feira (5), um dia depois de reassumir a presidência da CBF após ficar afastado por quase um mês por decisão judicial, Ednaldo Rodrigues avisou Bittencourt que terminaria o contrato de Diniz. Depois ligou para o treinador, que ficou decepcionado, segundo relato de pessoas próximas.

“O contrato do Fernando ia até o meio de 2024, e em nenhum momento foi combinado que seria interrompido antes. Não houve movimento do Fluminense neste sentido de interromper agora em janeiro. Esse movimento partiu da CBF”, disse Mário Bittencourt neste domingo (7), em passagem pelo velório de Zagallo, na sede da CBF, no Rio.

Ednaldo Rodrigues oficializou uma proposta a Dorival Júnior, técnico do São Paulo, que deve aceitar. Ele só topou negociar com o cargo livre, por respeito a Diniz, com quem tem amizade. Dorival vai conversar com os dirigentes do São Paulo e até segunda-feira (8) dar a resposta, que deve ser positiva. Dorival já é tratado nos bastidores da confederação como o próximo treinador do Brasil.

A opção por Dorival Júnior ocorre após um desempenho ruim de Diniz nos seis jogos que fez comandando a Seleção Brasileira, todos pelas Eliminatórias para a Copa de 2026. Foram duas vitórias, um empate e três derrotas. O time virou o ano na sexta colocação do qualificatório, com sete pontos, no limite para se classificar ao Mundial.

Na semana passada, o preferido de Ednaldo para o cargo, Carlo Ancelotti, renovou o contrato com o Real Madrid, da Espanha, até 2026. O italiano conversou algumas vezes em 2023 com Ednaldo, a CBF chegou a falar de valor de salário e tempo de contrato com o estafe do treinador, mas ele preferiu ficar na Europa.

Formado em jornalismo pela PUC-Campinas em 2000, trabalhou como repórter e editor no Diário Lance, como repórter no GE.com, Jornal da Tarde (Estadão), Portal IG, como repórter e colunista (Painel FC) na Folha de S. Paulo e manteve uma coluna no portal UOL. Cobriu in loco três Copas do Mundo, quatro Copas América, uma Olimpíada, Pan-Americano, Copa das Confederações, Mundial de Clubes, Eliminatórias e finais de diversos campeonatos.
Jornalista esportivo desde 2006 e com passagens por Lance!, Extra e assessorias de marketing esportivo. É correspondente da Itatiaia no Rio de Janeiro. Tem pós-graduação em Jornalismo Esportivo e formação em Análise de Desempenho voltado para mercado.