Fernando Diniz sofreu sua primeira derrota como técnico da Seleção Brasileira em seu quarto jogo. Os 2 a 0 para o Uruguai, na noite desta terça-feira (17), ocorreu após um empate também ruim, frente a Venezuela, 1 a 1 na semana passada, o que acendeu o alerta de que o time pode ter problemas de adaptação ao estilo do novo treinador após passar seis anos com Tite.
“O principal responsável pelo time não ter tido a agressividade necessária sou eu mesmo. Faltou articulação, faltou o time construir, e isso não é um ou dois jogadores, é o time todo. A estrutura do time não esteve boa, os jogadores treinaram muito melhor do que realizaram na partida”, disse Diniz.
Segundo ele, o Uruguai também não teve tanta criação, o que Diniz considera um ponto positivo. E que o Brasil controlou o jogo no início, apesar de não ter efetividade.
“Temos a melhor matéria prima à disposição, mas hoje não aconteceu. Não acho que a saída de Neymar tenha dificultado a articulação, já estávamos sem com ele em campo”, disse o treinador. O camisa 10 saiu com uma lesão no joelho esquerdo no finalzinho do primeiro tempo e ele fará exames para saber a gravidade.
Com contrato até junho de 2024, quando o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, espera que o italiano Carlo Ancelotti assuma, Diniz acha que aos poucos conseguirá implantar sua filosofia de jogo aos jogadores, de uma rotatividade maior, ao contrário do trabalho posicional que a maioria faz na Europa.
“Nenhum trabalho que fiz a vida inteira foi linear. Vamos aprender, melhorar, ter mais acertos, é um trabalho que requer tempo, não temos tanto tempo, mas vamos trabalhar”, disse o treinador.
O Brasil volta a campo pelas Eliminatórias no dia 16 de novembro, visitando a Colômbia em Barranquilla. O confronto terá início às 21h (de Brasília). Cinco dias depois, dia 21 de novembro, o confronto, pela sexta rodada, será contra a Argentina, no Maracanã, no Rio, às 21h30 (de Brasília).
Diniz deve fazer a convocação até o início de novembro.