Fernando Diniz inicia nesta semana seu trabalho como técnico da Seleção Brasileira com uma espinha dorsal pronta. Para dentro de campo, mas também para fora dele. Comissão técnica e jogadores começaram a se apresentar em Belém, no Pará, na madrugada desta segunda-feira (4) para a estreia nas Eliminatórias contra a Bolívia, na sexta-feira (8), às 21h45 (de Brasília), no Mangueirão.
O goleiro Alisson, o lateral-direito Danilo, o zagueiro Marquinhos, o volante Casemiro e o atacante Neymar são os jogadores que podem ser chamados de confiança nesses primeiros momentos de Diniz à frente do time da CBF.
Foi a eles que o treinador ligou após assumir o cargo, no início de julho, como uma espécie de interino até uma possível chegada do italiano Carlo Ancelotti, em junho de 2024. A ideia era avisar que contava com esses atletas, que foram protagonistas na Copa do Mundo do Catar, no fim de 2022, quando o Brasil foi criticado ao ser eliminado pela Croácia nas quartas de final.
Nos bastidores, Neymar, agora jogador do Al-Hilal, da Arábia Saudita, defendia o nome de Diniz para assumir a Seleção após a saída de Tite. Eles nunca trabalharam juntos, mas o atacante já havia feito elogios públicos a Diniz. Como em julho de 2022, após uma vitória do Fluminense na Copa do Brasil, quando escreveu nas redes sociais que gostava muito do estilo do treinador, pena que no Brasil havia pouca continuidade dos trabalhos.
Mas Neymar também ouviu coisas boas sobre Diniz de companheiros com a amarelinha. Bruno Guimarães, do Newcastle-ING, é um dos grandes entusiastas do treinador no comando da Seleção. Bruno é quase uma criação de Diniz, onde trabalharam juntos no Audax, no início da carreira do atleta, e depois no Athletico, quando Bruno deslanchou e acabou vendido para o Lyon-FRA.
Alisson esteve fora da primeira convocação da Seleção pós Copa-2022, quando o interino Ramon Menezes chamou os goleiros Ederson, Weverton e Micael, do Athletico, para o amistoso contra Marrocos, em março de 2023. Danilo também não esteve nesta lista.
Os dois voltaram na convocação seguinte, para os confrontos de junho contra Guiné e Senegal, ainda sob Ramon. Diniz entrou em contato para fazer questão de frisar que conta com ambos dentro de campo, e fora dele neste início de trabalho. O mesmo foi dito a Marquinhos e Casemiro.
Diniz é reconhecido como um treinador de bom trato com o elenco, apesar de um ou outro entrevero, como aquele que ficou conhecido com Tchê Tchê, na época do São Paulo. E isso passa muito por ter uma base de confiança, que banque junto ao grupo decisões do técnico que algumas vezes possam desagradar alguém.
A convocação foi para as duas primeiras rodadas das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. Machucados, o goleiro Bento, do Athletico, e Vinícius Júnior, do Real Madrid, acabaram cortados. Lucas Perri, do Botafogo, e Raphinha, do Barcelona, foram chamados em substituição.
Depois de enfrentar a Bolívia, a delegação viaja a Lima, onde enfrenta o Peru no dia 12 de setembro, às 23h (de Brasília). O Mundial de 2026 será disputado na América do Norte, com EUA, Canadá e México como anfitriões.
Convocação da Seleção Brasileira
Goleiros: Alisson (Liverpool), Ederson (Manchester City) e Lucas Perri (Botafogo);
Laterais: Danilo (Juventus), Vanderson (Monaco), Caio Henrique (Monaco) e Renan Lodi (Olympique de Marselha);
Zagueiros: Ibañez (Al-Ahly), Gabriel Magalhães (Arsenal), Marquinhos (PSG) e Nino (Fluminense);
Meio-campistas: André (Fluminense), Bruno Guimarães (Newcastle), Casemiro (Manchester United), Joelinton (Newcastle), Raphael Veiga (Palmeiras);
Atacantes: Antony (Manchester United), Matheus Cunha (Wolverhampton), Gabriel Martinelli (Arsenal), Richarlison (Tottenham), Rodrygo (Real Madrid), Neymar (Al-Hilal) e Raphinha (Barcelona).