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CBF ainda sonha com Ancelotti, mas coloca Jesus como ‘plano B’ para a Seleção

Ex-técnico do Flamengo deve ficar desempregado em junho e se torna opção se o italiano não for liberado pelo Real Madrid

A direção da CBF continua a acreditar que poderá contratar Carlo Ancelotti como novo treinador da Seleção Brasileira, para o italiano assumir ainda em 2023. O presidente da confederação, Ednaldo Rodrigues, estará na Europa em junho para os amistosos do Brasil e uma reunião com o técnico do Real Madrid está sendo organizada.

O contrato entre Ancelotti e Real até meados de 2024, porém, continua sendo o empecilho. Se os espanhóis não liberarem para agora o preferido de Ednaldo, um segundo nome está na pauta: o português Jorge Jesus.

O principal requisito neste momento para que um treinador feche com a CBF e assuma a Seleção Brasileira é o de ser quase unanimidade para a opinião pública. O fracasso na Copa do Mundo do Catar torna isso necessário, na visão da cúpula da confederação, e Ancelotti está nesse patamar.

Jesus também. O ótimo trabalho feito pelo treinador no Flamengo, clube de maior torcida do país, entre 2019 e 2020 o credencia, sempre na visão de quem comanda o futebol brasileiro, a assumir a Seleção Brasileira quase sem qualquer restrição.

Até hoje boa parte da torcida do Flamengo lamenta a cada mudança de técnico que o contratado não seja Jesus. A Itatiaia apurou que há informação na CBF de que Jesus toparia treinar a Seleção Brasileira.

Qualquer conversa com o estafe dele, entretanto, só será aberta se chegar a zero a chance de Ancelotti ser contratado. No próximo domingo (4), o Real Madrid encerra a temporada contra o Athletic Bilbao, em casa.

A partir daí começará a contagem regressiva para a definição do futuro do treinador, que não ganhou a La Liga (deu o arquirrival Barcelona) e caiu na semifinal da Liga dos Campeões, para o Manchester City-ING.

Jesus está em fim de contrato com o Fenerbahce-TUR. Por lá está na final da Copa da Turquia, jogo no dia 11 de junho, mas perdeu o campeonato principal para o rival Galatasaray. Já é praticamente certo que sairá, resta saber para onde.

O problema é que se a CBF demorar a ligar para Jesus, ele pode ter fechado com outra seleção: há interesse da Arábia Saudita em contar com ele no ciclo para a Copa do Mundo de 2026.

No Brasil, a ordem é tentar o que for possível para ter um técnico estrangeiro que seja quase unanimidade. Por isso nomes brasileiros, por enquanto, não estão em pauta, apesar de Ednaldo Rodrigues ser fã do trabalho de Fernando Diniz no Fluminense, mesmo com a recente queda de rendimento.

Interino na Europa

Para os amistosos de junho, a CBF chamou novamente Ramon Menezes, da Seleção Sub-20, para comandar a principal. Os jogos serão dia 17 de junho, em Barcelona, contra Guiné, e três dias depois, dia 20, contra Senegal, em Lisboa.

Ramon convocou 23 jogadores em meio ao Mundial Sub-20, na Argentina - fez uma viagem de bate e volta ao Rio para anunciar os nomes da principal em meio a uma folga com o Sub-20.

Apesar de Ramon ser bem avaliado pelo trabalho que faz na base, não há chance de o interino ser efetivado - justamente pelo motivo de a CBF entender que após o fracasso no Catar é preciso um técnico que agrade aos torcedores.

Em setembro começam as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026, que será nos EUA, México e Canadá. O Brasil vai receber a Bolívia, ainda sem local definido, e visitar o Peru. E já deverá ter um técnico permanente.

Veja a lista de convocados para os amistosos de junho:

  • Goleiros: Alisson (Liverpool), Ederson (Manchester City) e Weverton (Palmeiras);

  • Laterais: Danilo (Juventus), Vanderson (Monaco), Alex Telles (Sevilla) e Ayrton Lucas (Flamengo);

  • Zagueiros: Ibañez (Roma), Éder Militão (Real Madrid), Marquinhos (PSG) e Nino (Fluminense);

  • Meio-campistas: André (Fluminense), Bruno Guimarães (Newcastle), Casemiro (Manchester United), Joelinton (Newcastle), Raphael Veiga (Palmeiras) e Lucas Paquetá (West Ham);

  • Atacantes: Malcom (Zenit), Pedro (Flamengo), Richarlison (Tottenham), Rodrygo (Real Madrid), Rony (Palmeiras) e Vinícius Júnior (Real Madrid).

Formado em jornalismo pela PUC-Campinas em 2000, trabalhou como repórter e editor no Diário Lance, como repórter no GE.com, Jornal da Tarde (Estadão), Portal IG, como repórter e colunista (Painel FC) na Folha de S. Paulo e manteve uma coluna no portal UOL. Cobriu in loco três Copas do Mundo, quatro Copas América, uma Olimpíada, Pan-Americano, Copa das Confederações, Mundial de Clubes, Eliminatórias e finais de diversos campeonatos.
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