O técnico Ramon Menezes deve enfrentar uma maratona para comandar, quase ao mesmo tempo, as Seleções Brasileiras principal e Sub-20. Entre 20 de maio e 11 de junho, se o Brasil chegar à final, ele estará à frente do time júnior no Mundial da Argentina. E a partir de 12 de junho deve dirigir de maneira interina a equipe principal em amistosos na Europa.
A Itatiaia apurou que, neste momento, a CBF não tem outra opção que não seja Ramon Menezes para ser o técnico interino da Seleção Brasileira principal na Data-Fifa de junho, entre os dias 12 e 20. Até lá não deve ser contratado um treinador permanente, já que a CBF aguarda que o
Ramon Menezes foi o comandante interino da Seleção principal em março, na derrota de 2 a 1 em amistoso para o Marrocos, em Tânger-MAR, o único confronto do Brasil até agora depois da Copa do Mundo do Qatar. E, se Ramon repetir a dose, praticamente será técnico ao mesmo tempo do time sênior e do Sub-20.
Ramon já trabalha na Granja Comary, em Teresópolis-RJ, no Centro de Treinamento da CBF, com os convocados para o Mundial júnior. O Brasil viaja à Argentina, sede do torneio, na terça-feira (16) e estreia dia 21 de maio, contra a Itália, em Mendoza.
A CBF ainda não anunciou quando ocorrerá a convocação da Seleção principal para os jogos de junho, mas terá que ser feita até o fim de maio, ou seja, Ramon deverá convocar os profissionais enquanto estiver na Argentina com os atletas da base.
Se o Brasil for até a final da Copa Sub-20 jogará em 11 de junho, um dia antes do início dos treinamentos do elenco principal. Como o Globo Esporte publicou, os amistosos devem ocorrer em Portugal e na Espanha, contra rivais africanos, ainda não definidos.
A final do Mundial está marcada para as 18h (de Brasília), acabando por volta das 20h, se não houver prorrogação e pênaltis, e com a festa do título ou do vice-campeonato por participar. Ramon, portanto, embarcaria de madrugada da Argentina direto à Europa.
E o Ancelotti?
A espera da direção da CBF por Carlo Ancelotti depende, hoje, mais do Real Madrid-ESP do que do treinador. O italiano é o preferido do presidente, Ednaldo Rodrigues, para ser o próximo técnico da Seleção Brasileira e isso não é segredo já há algum tempo.
A paciência de Ednaldo tem uma explicação, segundo pessoas próximas: intermediários da CBF na Europa em contato com a diretoria do Real Madrid ouviram que o futuro do treinador no clube será avaliado ao fim da temporada europeia, ou até antes disso a depender dos resultados.
E que mesmo se o Real ganhar a Liga dos Campeões, que tem final marcada para 10 de junho, não é certo que Ancelotti ficará para cumprir o contrato até meados de 2024. Uma demissão, portanto, abriria caminho para a CBF fechar com Ancelotti sem envolver multas contratuais ou negociações mais complexas com o estafe do técnico.
Parece loucura imaginar Ancelotti fora mesmo se ganhar mais uma Champions, mas não para aqueles que conhecem um pouquinho do perfil imprevisível do presidente do Real, Florentino Pérez.
As informações na Espanha, e que chegaram à CBF, é que há ruídos entre o dirigente e o técnico, principalmente pela campanha considerada ruim no Campeonato Espanhol, que teve o rival Barcelona campeão, neste domingo (14), com quatro rodadas de antecedência. A recente derrota sofrida por 4 a 2 para o pequeno Girona aumentou a pressão sobre Ancelotti.
O técnico continua “na dele”. Sabe do interesse da CBF e tem predileção em treinar a Seleção Brasileira, desde que esteja desempregado. Na próxima quarta-feira (17), o Real Madrid visita o Manchester City pelo segundo jogo da semifinal da Liga dos Campeões. A ida, na Espanha, terminou 1 a 1. A depender do resultado, o futuro de Ancelotti em Madri pode ser definido antes do esperado.