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Náutico detalha exigências para investidores interessados na SAF do clube

Diógenes Braga afirmou que existem “players” interessados em comprar a SAF do clube

Diógenes Braga, presidente do Náutico

Passando por um processo de Recuperação Judicial (RJ), o Náutico caminha numa evolução apontado pelo seu presidente, Diógenes Braga, como “natural” para a transformação do clube em Sociedade Anônima do Futebol (SAF).

Atualmente, dois “players”, investidores, já demonstraram interesse ao Timbu para a aquisição de um percentual desta futura empresa que administrará o futebol alvirrubro. Em conversa com a Itatiaia, o mandatário do Náutico detalhou algumas das exigências que colocará para que os interessados avancem com as negociações.

“A gente vem preparando o clube para esse novo cenário do futebol brasileiro, o caminho da profissionalização dos clubes. Existem inúmeras etapas em relação a isso, toda organização interna de funcionamento do clube e toda a estruturação de parte de dívida do clube. Quando colocamos o clube em RJ [o clube tem um passivo de 132 milhões], isso torna oficial e legal todo o levantamento em relação a ativos e passivos do clube”, começou por explicar.

“Isso deixa de forma muito clara para qualquer investidor que se interesse qual é o tamanho do patrimônio e do nosso débito. A questão das categorias de base, que é importante. Caímos de divisão e não diminuímos os investimentos em relação à base; pelo contrário, até reforçamos”, acrescentou.

Há poucos meses, o Náutico passou a ser assessorado pela Pluri e Sportsview, empresa que atua na intermediação de compra e venda de participações em clubes de futebol e SAFs. Diógenes Braga afirma que o Timbu recebeu o interesse de “mais de um player”, mas já adiantou que para o avanço das conversas, algumas exigências, chamadas de “premissas básicas” serão colocadas pelo clube.

  1. Que o Náutico não deixe de jogar nos Aflitos;

  2. Que haja preocupação e investimento grande nas divisões de base;

  3. Que hajam melhorias estruturais do CT, cuidados com hotel, alojamento, campos;

  4. Investimento mínimo no futebol ano a ano;

  5. Processos de melhoria estrutural em relação ao departamento de futebol;

  6. Que não fuja das raízes do clube: por exemplo, cores dos uniformes, não sejam mudadas.

“São premissas que colocamos e elas sejam respeitadas para que qualquer evolução venha sem feri-las. A gente entende que o caminho para o direcionamento de um ou mais de um investidor com interesse maior caminhe para uma evolução natural. O clube vai seguir e concluir o caminho da SAF. A gente entende que está próximo, caminhando e evoluindo com naturalidade numa velocidade boa”, pontuou o presidente, sem revelar, por ora, valores para a negociação.

Relativamente a uma possível reforma do estádio dos Aflitos, Diógenes Braga afirmou que essa pode ser uma condição colocada adiante. "É possível, dependendo do perfil do investidor, que venha a se aproximar mais. É algo que vem muito com o perfil do investidor. Não é algo que consiga desenhar. Toda negociação é uma evolução de argumentações, de interesses que evoluem um comum acordo entre as duas partes”, explicou.

Jornalista, natural do Recife, é atualmente correspondente do portal Itatiaia Esporte na região Nordeste. Com mais de uma década de experiência no jornalismo esportivo, tem passagens pela Folha de Pernambuco, Diario de Pernambuco, Superesportes e NE45. Em Portugal, trabalhou por O Jogo e Sport Magazine.