O atacante Ênio, do
Dois mandados de busca foram cumpridos em Caxias do Sul. Um deles na casa do jogador, e outro no armário de uso pessoal dele no estádio Alfredo Jaconi, onde joga o Juventude.
Segundo o MPRS, a operação atende pedido da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e tem como objetivo “obter mais provas sobre distorções em apostas que prejudicaram centenas de pessoas para favorecer algumas”. A entidade destaca, ainda que essas pessoas “já tinham informações privilegiadas sobre a suposta manipulação para que o jogador recebesse pelo menos dois cartões amarelos em duas partidas pela
Os mandados de busca foram cumpridos porque a CBF relatou ao Ministério Público que “foram registradas movimentações acima do considerado normal para um cartão envolvendo um jogador e também pelo fato de que pessoas ligadas ao alvo, tanto no mês passado, quanto agora, estariam entre os apostadores”. Os valores, entretanto, não foram divulgados.
Duas suspeitas contra Ênio
O atacante do Juventude teria levantado suspeitas de manipulação em duas ocasiões neste ano. A primeira delas foi no fim de março, na partida vencida pelo clube de Caxias do Sul contra o Vitória, por 2 a 0, pelo Brasileirão.
O segundo caso foi no dia 10 de maio,
O clube gaúcho teria sido informado pelas próprias casas de apostas do ocorrido. O valor movimentado não foi revelado. Pessoas ligadas ao jogador estariam entre os apostadores.
Desde o duelo do Juventude contra o Fortaleza, o jogador não entra em campo pela equipe.
Punições previstas
Os crimes investigados são os de organização criminosa, artigo 198 da Lei Geral de Esporte e, ainda, eventual estelionato associado. Sobre o artigo 198, trata-se de “solicitar ou aceitar, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem patrimonial ou não patrimonial para qualquer ato ou omissão destinado a alterar ou falsificar o resultado de competição esportiva ou evento a ela associado”.
A pena, em caso de condenação, é de dois a seis anos de prisão, além de multa.