Nas últimas semanas, o lateral-esquerdo Guilherme Arana e os meias Igor Gomes e Gustavo Scarpa notificaram o Atlético extrajudicialmente por pendências financeiras. Nesta terça-feira (22), os bastidores do Galo foram tomados pelo ponta Rony, que pediu a rescisão contratual na Justiça do Trabalho.
A Itatiaia entrou em contato com o Atlético, que optou por não se pronunciar sobre as notificações extrajudiciais. Além disso, ainda à reportagem, o clube confirma dois dias de atraso no direito de imagem dos atletas, mas destaca que não há salários e pagamentos de FGTS em aberto.
Judicial e extrajudicial
Existe uma diferença entre acionar o clube na Justiça do Trabalho e notificar extrajudicialmente. No caso de Arana, Scarpa e outros, os representantes dos atletas enviaram uma carta avisando à diretoria alvinegra que entrarão na Justiça em caso de não pagamento dos vencimentos.
Já em relação ao pedido de Rony, a notificação foi feita diretamente à Justiça. O atacante pede a rescisão indireta do contrato. Vale destacar que não necessariamente o empregado precisa acionar o clube extrajudicialmente antes de pedir a quebra do vínculo.
De acordo com a Lei Geral do Esporte (Lei nº 14.597/2023), o atleta tem o direito de encerrar o contrato de trabalho por justa causa caso o clube empregador atrase o pagamento de salários, com valores referentes ao direito de imagem, FGTS e recolhimento previdenciário, por um período igual ou superior a dois meses.
Caso Rony
Sócio majoritário da SAF do Atlético, Rubens Menin se reunirá com os jogadores nesta quarta-feira (23), na Cidade do Galo, e pagará todas as pendências que o clube tem com os atletas. O clube tenta contornar a situação de Rony e entende que a ação do atacante foi considerada desproporcional.